JOGO DO TIGRINHO
Kel Ferreti: veja o que se sabe sobre a prisão do influenciador alagoano
Ele é acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiroO influenciador digital Kel Ferreti foi preso na quarta-feira, 4, durante a Operação Trapaça, realizada pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). Ele é acusado de liderar uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro por meio do jogo “Fortune Tiger”, popularmente conhecido como “jogo do tigrinho”.
Detalhes da operação
A ação cumpriu oito mandados de prisão e busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. As operações ocorreram em Maceió e Ribeirão Preto (SP). Na casa de um dos investigados, o Gaesf apreendeu R$ 20 mil em espécie, celulares, documentos e um veículo de luxo.
Esquema de lavagem de dinheiro
Segundo o Ministério Público, o esquema movimentava grandes quantias de forma fragmentada por meio de empresas e contas bancárias. Uma empresa de publicidade estaria atuando como intermediária nas operações ilegais. O grupo também é suspeito de utilizar “laranjas” para ocultar bens, como veículos de luxo registrados em nome de terceiros.
Apreensão de bens e bloqueios judiciais
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 21.278.337,60 e de 10 veículos de luxo vinculados aos investigados. Os valores foram rastreados com apoio do Coaf, que identificou transações suspeitas relacionadas a fraudes bancárias e jogos de azar.
Participação de Mylla Ferreti
Mylla Ferreti, esposa do influenciador, também foi alvo da operação, mas não foi presa. Ela está sendo investigada por lavagem de dinheiro e deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento à Justiça e proibição de uso de redes sociais.
Outros envolvidos na operação
Além de Kel Ferreti, o sócio dele e outros influenciadores digitais também foram implicados. O sócio foi preso, mas liberado após audiência de custódia. Influenciadores como “O Pai do Orgânico” e “Di Manobras” tiveram as redes sociais bloqueadas e receberam medidas cautelares.
Defesa de Kel Ferreti
O advogado Rodrigo Monteiro, que representa Ferreti, afirmou que a prisão é desnecessária, já que os crimes não envolvem violência ou grave ameaça. Ele argumenta que Ferreti e os demais acusados possuem residência fixa e são figuras públicas, o que reduziria riscos à investigação.