Os servidores da Polícia Científica de Alagoas decidiram em assembleia geral paralisar as atividades por 48 horas a partir desta quinta-feira, 12. A mobilização tem por alvo pressionar o governo do estado para que incorpore a Bolsa Qualificação na classe inicial de cada cargo, além da correção do percentual no interstício de dispersão entre as classes das carreiras, igualando às outras categorias da Secretaria de Segurança Pública.

Os profissionais vão ficar concentrados em frente ao Instituto de Criminalística, no Centro, e no Instituto Médico Legal, no Tabuleiro do Martins. Segundo a diretora do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, Ana Paula Cavalcante, a categoria cobra um posicionamento do governo sobre os itens reivindicados.

A Bolsa Qualificação foi concedida a partir de acordos firmados anteriormente com o governo, com a finalidade de ser um reajuste temporário, até que fosse aprovado definitivamente pelo governador Paulo Dantas.” A Bolsa Qualificação será encerrada em fevereiro de 2025 e, caso se concretize haverá uma redução no salário dos servidores, que não recebem ganho real há dez anos”, ressaltou Ana Paula.

Em setembro passado, os servidores fizeram um protesto em frente ao Palácio República dos Palmares, para tentar aprovar as reivindicações da classe. Um grupo foi recebido por integrantes da Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio, que agendou uma reunião com representantes do Comitê de Negociação sindical, mas não houve evolução nas negociações.

Nesses dois dias de paralisação da categoria os Institutos de Criminalística, que faz análises de locais e vestígios de crimes, e Médico Legal, responsável pela identificação de cadáveres, necropsias e exames em vivos e de Identificação, a onde é realizada a emissão de Carteiras de Identidade estarão funcionando com 30%  dos profissionais, de acordo com o que prevê a legislação.