Justiça
Kel Ferreti: Justiça decreta prisão preventiva por acusação de estupro
Influenciador, que está preso por outro ilícito, teria cometido crime contra uma enfermeiraO influenciador digital Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, teve a prisão preventiva decretada na quarta-feira, 18, pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital. Ele é acusado em crime de estupro e lesão corporal contra uma enfermeira de 28 anos que denunciou o caso, ocorrido em julho deste ano. O inquérito que investigou a denúncia foi concluído pela Polícia Civil recentemente e o Ministério Público denunciou o influenciador.
A prisão preventiva de Kel Ferreti foi decretada considerando a necessidade de garantia da "ordem pública" no caso. Ferreti está preso preventivamente por suspeita de chefiar uma organização criminosa envolvida com jogos de azar online. Os casos não têm relação. As fazer a denúncia do influenciador no caso do estupro, o Ministério Público esclarece que no depoimento a enfermeira relatou que foi "submetida de forma abusiva e brutal a manter relação sexual" com Ferreti.
A advogada Graciele Queiroz, responsável pela defesa do influenciador, ressalta que não há "qualquer fundamento" nas acusações de abuso sexual feitas contra Kel Ferreti e assegura que todas as medidas legais estão sendo adotadas para provar sua inocência e restabelecer a verdade. Se condenado, Kel Ferreti pode receber uma pena de seis a 10 anos de reclusão.
Leia a nota do Ministério Público a respeito do caso:
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) informa que, atendendo pedido formulado pelos promotores de Justiça que atuam no processo que tem como acusado Kleverton Pinheiro de Oliveira, pela prática do crime de estupro, o Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital decretou, nessa quarta-feira (18), a prisão preventiva do acusado, considerando a necessidade de garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a segurança da aplicação da lei, sendo consideradas todas as circunstâncias que envolvem o referido caso.
Os promotores que atuam nesse caso reafirmam o compromisso institucional do MP de Alagoas em assegurar à vítima a sua ampla proteção e promoção de seus direitos, o que vem sendo feito logo que teve conhecimento da ocorrência por parte da ofendida, podendo inclusive buscar o apoio psicológico a ela a seus familiares caso necessário, e garantem que não vão economizar esforços para buscar a responsabilização do autor do fato na forma da lei, garantindo-lhe a ampla defesa e o contraditório, de maneira que não haja o estímulo a novos crimes e renovação de ilícitos dessa natureza.
A denúncia e o aditamento formulados pelos promotores de Justiça também foram devidamente recebidos e determinadas outras providências, inclusive a decretação do segredo de justiça na tramitação do processo, conforme requerimento do Ministério Público, e por isso a ação penal terá seu início doravante, sendo prevista a aplicação de uma pena de 6 a 10 anos de reclusão, em caso de condenação.