ECONOMIA

Primeiro trimestre deverá ser desafiador para empresário do comércio de AL

Expectativas para o futuro próximo do comércio em Maceió não são das melhores
Por Assessoria 17/01/2025 - 14:27
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Fe comercio AL
Centro de Maceió
Centro de Maceió

O ano de 2024 finalizou com uma queda de -1,6% no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), em Maceió, conforme indica a pesquisa do Instituto Fecomércio feita em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se a perspectiva da Black Friday, o pagamento da primeira parcela do 13º salário e a expectativa para as vendas de fim de ano puxaram o indicador para 117,7 pontos, em novembro, o receio de novas políticas econômicas para 2025 se refletiu nos ânimos de dezembro, marcando 115,8 pontos.

A queda na confiança reflete as condições conjunturais da economia e as expectativas cautelosas para o primeiro trimestre de 2025, conforme indica o assessor econômico do Instituto Fecomércio, Francisco Rosário. “O aumento dos juros, a instabilidade do dólar, a forte perspectiva em não honrar compromissos empresariais, além de incertezas quanto a capacidade do governo de manter a estabilidade da economia no futuro próximo fazem parte do conjunto de variáveis que estão afetando a confiança dos empresários neste momento”, analisa.

Dos três subindicadores que compõem o Icec, todos variaram negativamente em dezembro: Condições atuais (ICAEC), com -0,5%; Expectativas (IEEC), com -3,4%; e Intenções de Investimento (IIEC), com -0,3%. Apesar de dois deles estarem na margem, o desempenho negativo reforça a cautela do empresariado, principalmente por se tratar de um mês considerando um bom período para vendas.

Ano começa sem muita perspectiva de investimentos

Um dos pontos que pode ser observado entre os subindicadores refere-se às Intenções de Investimento. O recuo de -0,3% aconteceu após um crescimento 4,8%, em novembro, indica que os empresários estão com poucos recursos para investimentos, ao menos no primeiro trimestre de 2025. “Esse dado corrobora com uma recente pesquisa da Serasa Experian sobre a taxa de inadimplência dos empresários, segundo a qual, Alagoas é o estado com a segunda maior taxa de inadimplência empresarial do Brasil, com 42,83% de suas empresas enfrentando dificuldades financeiras”, observa o economista.

A mensuração deste subindicador considera três variáveis: as expectativas de contratação de funcionários (-2,9%), o nível de investimento das empresas (-1,7%) e a situação atual dos estoques (5,1%). Particularmente em relação à contratação de funcionários, o recuo mensal ocorreu após o crescimento de 3,8%, em novembro, e pode sinalizar dois fatores: um ajuste nos quadros de colaboradores temporários – o que ocorre logo após o Natal; e os investimentos em automação, liberando mais mão de obra.

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