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Consumo das famílias em Maceió cresce 1,7% em dezembro do ano passado
O desempenho é superior ao nacional, que ficou em 0,7%No mês de dezembro de 2024, o consumo das famílias em Maceió apresentou crescimento de 1,7%, conforme indica a pesquisa do Índice de Consumo das Famílias (ICF). O desempenho superou o índice nacional, que registrou alta de 0,7%.
O estudo do Instituto Fecomércio AL, realizado em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou também otimismo para o consumo de bens duráveis, com um crescimento de 8,8% na variação mensal. Este movimento foi impulsionado por fatores como o pagamento do décimo terceiro salário, festas de final de ano, férias escolares e maior acesso ao crédito, que subiu 3,1%.
O assessor econômico do Instituto Fecomércio, Francisco Rosário, observou que o aumento no acesso ao crédito e a intenção de consumo de bens duráveis demonstram que, mesmo com o custo do crédito mais elevado, os consumidores aproveitaram as vantagens do parcelamento em itens como móveis, eletrônicos e eletrodomésticos.
Tendência de consumo e recorte por renda
Quatro dos sete subindicadores que compõem o ICF estão acima dos 100 pontos, sinalizando um início de 2025 com perspectivas mais positivas. A faixa de consumidores com renda superior a 10 salários mínimos se destacou, alcançando 158,7 pontos, com uma variação mensal de 1,3%. Por outro lado, as famílias com renda menor também apresentaram um desempenho positivo em dezembro, atingindo 109,5 pontos, um aumento de 1,9% em relação ao mês anterior.
Apesar de o consumo ser maior entre as famílias de menor renda, 96,2% dos empregados formais em Maceió recebem até 10 salários mínimos, sendo que 81% desses empregados ganham até três salários mínimos. Este grupo continua a ditar o ritmo do varejo na capital alagoana.
Recomendações para o primeiro trimestre de 2025
Para o início de 2025, o econonomista Francisco Rosário alerta para a necessidade de os empresários do comércio ajustarem suas estratégias. Ele sugere maior atenção às demandas do público de menor renda, compreendendo suas prioridades de consumo frente às despesas e compromissos recorrentes comuns ao período.