Operação Proditio

Funcionário de construtora ganhava R$3 mil e tinha carro de R$1 mi, diz PC

Suspeito atuava no setor financeiro da construtora e era considerado funcionário de confiança
Por Redação 07/02/2025 - 13:39
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Assessoria
Carros apreendidos: crimes investigados incluem furto qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Carros apreendidos: crimes investigados incluem furto qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro

O funcionário de uma construtora preso na quinta-feira, 6, durante a Operação Proditio, realizada pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) recebia um salário de R$ 3 mil e tinha carro avaliado em R$ 1 milhão. O homem de 41 anos, segundo as investigações, teria desviado recursos da empresa onde trabalhava há quatro anos.

O suspeito atuava no setor financeiro da construtora e era considerado funcionário de confiança. Conforme apurado, ele superfaturava folhas de pagamento e ficava com a diferença, repassando valores para próprios e terceiros. A polícia investiga se ele contava com a participação de outras pessoas no esquema.

O delegado João Marcello, da Seção de Capturas da PC/AL, afirmou que a fraude foi descoberta após uma auditoria interna. A empresa denunciou a irregularidade, possibilitando a identificação dos desvios. Durante depoimento, o suspeito admitiu os atos, mas negou envolvimento de familiares ou conhecidos.

“Acreditamos que tem mais gente envolvida, que seriam justamente essas pessoas que forneciam as contas para ele concretizar a lavagem de dinheiro, mas vamos investigar”, afirma o delegado.

A Operação Proditio foi realizada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco). O objetivo era desarticular um esquema de fraudes contábeis em uma construtora alagoana. As práticas envolviam a manipulação de folhas de pagamento e registros financeiros.

Os valores obtidos ilegalmente eram usados para a aquisição de bens como veículos de luxo e reformas de imóveis. O dinheiro também circulava em contas de terceiros. Entre os crimes apurados estão furto qualificado, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Mandados de prisão e busca foram cumpridos durante a operação.

As investigações indicam que a movimentação financeira do grupo envolveu quantias elevadas, com transações fracionadas para dificultar o rastreamento. Durante as buscas, foram recolhidos documentos, dispositivos eletrônicos e carros de luxo. A justiça bloqueou contas bancárias relacionadas ao caso.

Os colegas do suspeito desconfiaram da origem de seus recursos ao notarem que ele passou a dirigir um veículo de alto valor. Questionado, ele alegava que o dinheiro vinha de apostas esportivas, versão que a polícia desmentiu. A fraude se manteve ativa por anos antes de ser descoberta.


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