Justiça

Justiça determina prazo para regularização do matadouro público de Palmeira

Local apresenta falta de higiene, vísceras espalhadas e carcaças de animais expostas a céu aberto
Por DPE/AL 12/02/2025 - 13:36
A- A+
DPEAL
Ação foi ajuizada pela Defensoria em 2014, após tentativas para solucionar problemas identificados durante inspeções
Ação foi ajuizada pela Defensoria em 2014, após tentativas para solucionar problemas identificados durante inspeções

Atendendo à solicitação da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL), a Justiça determinou que o Município de Palmeira dos Índios regularize, no prazo de 30 dias, o funcionamento do Matadouro Público Municipal. A decisão dá continuidade a um processo movido pela instituição há mais de uma década, com o objetivo de solucionar as graves irregularidades no estabelecimento. O caso é acompanhado pelos defensores públicos Fábio Ricardo Albuquerque de Lima, Heloísa Bevilaqua da Silveira e Wladimir Wrublevski Aued.

De acordo com a decisão judicial, além da apresentação da licença ambiental expedida pelo órgão competente, o município deve concluir as reformas necessárias para adequação às normas ambientais e sanitárias no prazo máximo de um ano. Em caso de descumprimento, será aplicada uma multa diária ao ente público.

Calamidade

A ação foi ajuizada pela Defensoria Pública em 2014, após diversas tentativas de obter do município informações e providências para solucionar problemas identificados durante inspeções. Essas vistorias constataram sérias irregularidades sanitárias, ambientais e de segurança, como a presença de animais de rua, abate inadequado, descarte irregular de sangue, poluição ambiental, uso de equipamentos inadequados e falta de higiene, dentre outras.

Conforme o Defensor Público Mesmo Wladimir Wrublevski Aued, mesmo após mais de uma década, a situação segue crítica. O quadro foi constatado em vistoria realizada pela Instituição nessa terça-feira, 12.

“A única mudança significativa foi a substituição do abate por marreta pela pistola pneumática. No entanto, os demais problemas permanecem. Encontramos falta de higiene, ferrugem, vísceras espalhadas, carcaças de animais expostas a céu aberto, sangue nas lagoas de decantação e escoando irregularmente, além de mau cheiro intenso, moscas e urubus”, pontuou.


Encontrou algum erro? Entre em contato