impunidade
Condenados por morte de Kleber Malaquias permanecem "soltos"
Assassinos cumprem a pena em liberdade devido à falta de unidade prisional para semiaberto
Dois dos quatro condenados pelo assassinato do empresário Kleber Malaquias continuam em liberdade por falta de uma unidade prisional de regime semiaberto, prometida pelo governo estadual desde 2022, mas que até o momento não foi entregue.
José Mário de Lima Silva, condenado a 12 anos de prisão, e Edinaldo Estevão de Lima, condenado a 8 anos, passaram o último carnaval livres. O fechamento da antiga unidade São Leonardo deixou o governo estadual responsável pela construção de uma nova unidade de regime semiaberto.
A promessa, no entanto, ainda não foi cumprida, e a obra permanece inacabada. Alagoas segue como o único estado brasileiro sem essa estrutura no sistema prisional. Nas redes sociais, o deputado Fábio Costa postou um vídeo cobrando atitude do governo estadual.
Caso Kleber Malaquias
As condenações dos réus, envolvidos no assassinato do empresário Kleber Malaquias, em 2020, foram as seguintes:
- Edinaldo Estevão de Lima: 8 anos de reclusão em regime semiaberto, com possibilidade de cumprir a pena em liberdade devido à falta de unidade para regime semiaberto em Alagoas.
- José Mário de Lima Silva: 12 anos de reclusão, com 8 anos, 4 meses e 1 dia restantes a serem cumpridos em regime semiaberto, também autorizado a responder em liberdade.
- Fredson José dos Santos: 30 anos de reclusão em regime fechado.
- Marcelo José Souza da Silva: 24 anos de reclusão em regime fechado.
O julgamento do assassinato de Kleber Malaquias foi marcado por tentativas de interferência política desde o início das investigações. O empresário, conhecido por denunciar esquemas ilícitos, foi alvo de ameaças antes de ser morto.
Durante o júri que ocorreu nos dias 17 e 18 de fevereiro, no Fórum Desembargador Maia Fernandes, em Maceió, os réus foram condenados pelo Tribunal do Júri a penas somando mais de 60 anos de prisão.