JUSTIÇA

MPF e MPAL acompanham denúncias de violência no Jaraguá Folia

Representantes do movimento participaram de reunião para formalizar os relatos e discutir medidas.
Por MPAL 07/03/2025 - 14:56
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Assessoria
MPAL e MPF acompanham investigação de agressões contra pessoas em situação de rua durante prévias carnavalescas
MPAL e MPF acompanham investigação de agressões contra pessoas em situação de rua durante prévias carnavalescas

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) e o Ministério Público Federal (MPF) estão acompanhando as denúncias de violência policial contra pessoas em situação de rua durante o Jaraguá Folia, realizado em 21 de fevereiro. Representantes do movimento de população de rua e autoridades participaram de reunião para formalizar os relatos e discutir medidas.

Durante o evento, integrantes do movimento participaram do Bloco da Inclusão “Pule de Boa”. O grupo organizou a atividade com recursos próprios e apoio da Prefeitura. O bloco, que representava um avanço na luta por direitos, foi interrompido por ações violentas atribuídas a policiais, conforme os relatos apresentados.

A promotora Alexandra Beurlen afirmou que a agressão reflete um preconceito estrutural na sociedade. Segundo ela, a violência ocorreu após 14 anos de espera para que o bloco fosse autorizado. O Ministério Público reforçou seu compromisso com a investigação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos nas agressões.

Relatos apontam agressões físicas e verbais, incluindo ameaças contra defensores de direitos humanos. Rafaelly Machado, coordenadora do movimento, foi agredida e passou a sofrer perseguições. Andrezza Lima, outra integrante, foi atingida com cassetetes e spray de pimenta. Testemunhas afirmaram que os policiais permaneceram no local para intimidar foliões.

Ficou definido que um documento com os relatos será enviado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os Ministérios Públicos pretendem levar o caso ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para reforçar a necessidade de proteção aos defensores de direitos humanos no estado de Alagoas.

A Justiça Federal reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos das pessoas em situação de rua e se colocou à disposição para acompanhar a investigação. O MPF e o MPAL seguem atuando para garantir a apuração dos fatos e evitar a impunidade.

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