CLIMA
Alagoas registrou recorde de temperatura máxima de 41,3°C no verão de 2024
Para os próximos verões, a tendência é de chuvas e temperaturas dentro ou acima da média
O verão de 2024 foi marcado por temperaturas elevadas em Alagoas. O estado registrou um recorde de temperatura máxima, atingindo 41,3°C em Pão de Açúcar, em novembro, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).
Em Maceió, também houve um recorde de temperatura máxima em janeiro, quando os termômetros marcaram 35,9°C. “O verão deste ano foi muito parecido com o do ano passado, com temperaturas elevadas. Porém, os recordes históricos foram registrados em 2024”, explica Fernanda Liz, meteorologista da Semarh.
Além das altas temperaturas, o estado enfrentou períodos de seca, embora a situação tenha apresentado uma leve melhora desde dezembro de 2024, conforme apontam os relatórios do monitor de secas de Alagoas, que retrata a situação mensal e a evolução da seca no estado.
O período também foi influenciado por fenômenos meteorológicos típicos da estação. Sistemas de alta pressão favoreceram dias mais quentes e secos, enquanto os vórtices ciclônicos de altos níveis (VCAN) trouxeram ventos fortes e chuvas intensas em algumas áreas, especialmente nos meses de janeiro e fevereiro.
Para os próximos verões, a tendência climática indica a possibilidade de chuvas e temperaturas dentro ou acima da média. No entanto, como essas previsões estão distantes, sua precisão é reduzida, tornando as projeções mais incertas.
“Os prognósticos para o fenômeno ENOS indicam uma probabilidade igual de Neutralidade e La Niña para o trimestre de outubro, novembro e dezembro de 2025. Isso pode resultar em chuvas e temperaturas dentro ou acima da média, caso as previsões ao longo do ano continuem apontando essa tendência. Em anos de neutralidade, as chuvas e temperaturas tendem a se manter dentro dos padrões climatológicos esperados para o período. Já em anos de La Niña, no Nordeste do Brasil, há um aumento na probabilidade de chuvas superiores à média histórica”, detalha Fernanda.