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Diretor da Gazeta é barrado em visita a Collor na sede da Polícia Federal
Executivo da OAM não pode conversar com ex-presidente, que está em videoconferência com o STF
O diretor-executivo da Organização Arnon de Mello (OAM), Luis Pereira Duarte de Amorim, tentou fazer visita ao ex-presidente Fernando Collor de Mello na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, mas foi impedido. A justificativa é e Collor está em audiência por videoconferência com Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse procedimento consiste no momento em que o preso será ouvido por um juiz para avaliar a legalidade da prisão. Nesse caso, Collor será ouvido pelo STF. Além do preso, o advogado de defesa Marcelo Bessa, o juiz instrutor do gabinete e um integrante da Procuradoria-geral da República (PGR) estarão presentes na audiência. "Não pude entrar agora pois ele está em audiência de custódia. Assim que acabar eu retorno", disse Amorim.
Aparentando tranquilidade, Amorim falou aos jornalistas sobre o cumprimento da pena imputada a ele próprio pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) no processo que resultou na prisão do ex-presidente por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema envolvendo a BR Distribuidora.
Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido cerca de R$ 20 milhões para favorecer contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, em troca de apoio político para a nomeação e manutenção de diretores na subsidiária da Petrobras. A condenação foi estabelecida em 2023, na Ação Penal (AP) 1025, e envolve os empresários Luis Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.
Amorim, embora não tenha recebido pena de prisão, foi condenado a duas sanções alternativas: limitação de fim de semana e prestação de serviços à comunidade. Caberá à Vara de Execuções Penais definir a instituição onde ele cumprirá essa segunda penalidade.
Ele disse considerar o procedimento normal ao caso e que decisões da Justiça devem ser cumpridas.