palmeira dos índios

PM investiga conduta de guarnição após morte de garoto de 16 anos

Gabriel Lincoln foi baleado durante perseguição policial; família contesta versão oficial
Por Redação 04/05/2025 - 14:11
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Divulgação
Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos
Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos

A Polícia Militar de Alagoas (PMAL) informou, neste domingo, 4, que vai instaurar um procedimento investigatório para apurar a conduta dos policiais envolvidos em uma ocorrência que terminou com a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, na noite do sábado, 3, em Palmeira dos Índios, no Agreste do estado.

Segundo a versão apresentada pela corporação, o jovem teria desobedecido ordens de parada após ser flagrado realizando manobras perigosas com uma motocicleta, incluindo empinar o veículo e avançar um sinal vermelho. Durante a perseguição, ainda de acordo com a PM, Gabriel teria efetuado disparos com um revólver calibre 38 contra os militares, que revidaram. Ele foi atingido, caiu da moto e foi socorrido pela própria guarnição até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

A versão policial, no entanto, é contestada pela família. Parentes afirmam que o adolescente, que trabalhava com a mãe em um quiosque, havia saído de casa para comprar alface em um supermercado próximo e não estava armado. “Gabriel era um menino bom, trabalhador. A família está devastada com tudo isso”, escreveu uma parente nas redes sociais.

O caso aconteceu na Avenida Vieira de Brito, nas proximidades da residência da vítima, e causou grande comoção entre moradores do município. Gabriel era filho de uma comerciante bastante conhecida na região.

Em nota, a PMAL afirmou que a guarnição do 10º Batalhão realizava patrulhamento de rotina quando avistou o adolescente cometendo infrações de trânsito. A corporação diz que o jovem atirou contra os militares durante a fuga e que, com ele, foi apreendido um revólver com cinco munições intactas e uma deflagrada. A arma foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP). A PM reiterou que todas as medidas legais serão adotadas para apuração dos fatos. 


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