ECONOMIA

PIB de Alagoas representa apenas 5,5% da economia do Nordeste

Região cresce economicamente a um ritmo superior ao demográfico
Por Redação 08/05/2025 - 14:11
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Ascom/Sedetur
Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste alcançou R$ 1,388 trilhão em 2022
Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste alcançou R$ 1,388 trilhão em 2022

A região Nordeste enfrenta desafios estruturais históricos, mas tem melhorado sua performance econômica relativa nos últimos anos, com ganhos em produtividade e diversidade setorial. A região cresce economicamente a um ritmo superior ao demográfico, movimento que aponta para uma reconfiguração positiva do papel do Nordeste na economia brasileira.

Segundo dados do Info Nordeste 2025, elaborado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)  a população estimada da região é de 57,1 milhões de pessoas em 2024, representando 26,9% da população brasileira. A atividade econômica nordestina, no entanto, tem apresentado ganho de espaço dentro da estrutura nacional. 

Segundo a jornalista Patricia Raposo da Folha de Pernambuco, o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste alcançou R$ 1,388 trilhão em 2022, o que corresponde a 13,8% do PIB do Brasil. A análise por estado mostra que a Bahia lidera a economia regional, com 29,0% de participação no PIB do Nordeste, seguida de Pernambuco (17,7%), Ceará (15,4%) e Maranhão (10,1%). Os demais estados apresentam participações menores: Rio Grande do Norte (6,8%), Paraíba (6,2%), Alagoas (5,5%), Piauí (5,2%) e Sergipe (4,1%). Esse dado revela uma alta concentração da atividade econômica em quatro estados, que juntos respondem por mais de 70% do PIB nordestino.

Desde o início dos anos 2000 o PIB da região mostra recuperação gradual: 13,1% em 2002, 13,5% em 2010, até chegar ao maior nível em quase três décadas. Esse avanço é atribuído à ampliação das atividades do setor de serviços, à valorização da agropecuária nas áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e a investimentos como energia e conectividade digital, por exemplo.

Na indústria de transformação, o panorama regional é igualmente concentrado, mas com diferenciações produtivas por estado. A Bahia, por exemplo, se destaca na fabricação de produtos químicos (16,6%), alimentícios (17,7%) e derivados de petróleo (12,7%). Pernambuco é referência em veículos automotores (28,0%) e produtos químicos (15,8%). Já o Piauí lidera na fabricação de bebidas (47,6%), enquanto o Maranhão tem forte presença nos setores de papel e celulose (25,7%) e bebidas (22,7%). A Paraíba diversifica com artefatos de couro (19,7%), minerais não metálicos (16,1%) e alimentos. Estados como Alagoas, Sergipe e Ceará também têm forte base na produção alimentícia e química.

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