Crime violento

Padrastro é preso como suspeito de ter matado a criança Rhavy Abraão

Delegado diz que laudo mostra hematomas no corpo do menino causados por violência
Por Tamara Albuquerque 14/05/2025 - 13:59
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Reprodução
Menino foi encontrado já em rigidez cadavérica
Menino foi encontrado já em rigidez cadavérica

O garoto Rhavy Abraão Alves de Lima, de 2 anos, que foi encontrado morto na casa em que morava com sua mãe e o padrasto, em Riacho Doce, litoral de Maceió, morreu em decorrência de atos violentos que deixaram hematomas e equimoses nas costas e na cabeça, segundo o delegado Emanuel Rodrigues, responsável pelas investigações. O policial enfatiza que as lesões foram praticadas no dia da morte.

Com base nesses indícios e nas contradições apresentadas nos depoimentos, o padrasto do menino foi preso em flagrante como principal suspeito das agressões contra a criança. Ele morava com a mãe do garoto há sete meses. “Pelo laudo médico legista, a lesão foi causada no dia. Quando fomos acionados, a criança estava começando a ficar fria. Uma morte extremamente violenta, havia lesões de equimose nas costas e na cabeça”, revelou o delegado.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que o menino morreu após sofrer uma ruptura no fígado provocada por agressão, uma forte pancada nas costas, que gerou hemorragia interna.

Os depoimentos da mãe de Rhavy e do padrasto entraram em contradição com as evidências constatadas pela perícia. “A mãe relatou que, na noite anterior, deu banho na criança e ela não apresentava lesões. Pela manhã, segundo ela, não chegou a acordar a criança antes de ir para a academia”, disse o delegado. Ao mesmo tempo, o padrasto, que estava na residência, disse não saber da existência de qualquer lesão.

O padrasto de Rhavy já respondeu por tentativa de homicídio quando era menor de idade e também teve envolvimento com o tráfico de drogas. "Com relação a ele, tudo indica que ele é o autor desse crime", afirma o delegado.

Segundo o delegado, quando foi encontrado pela polícia, a criança já apresentava sinais de rigidez cadavérica.  “Ficou claro que se tratava de uma morte violenta, e não de causa natural”, concluiu. O delegado também disse que a mãe não está sendo investigada, mas que tudo será analisado.


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