SAÚDE
Alagoas tem alta de casos de síndrome respiratória grave, aponta Fiocruz
Em Maceió, a situação também é de alerta, com tendência de crescimento
Alagoas está entre os seis estados que apresentaram crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, segundo o Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz na quinta-feira, 3. O relatório considera dados da semana epidemiológica 26, entre os dias 22 e 28 de junho.
O levantamento mostra que Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima estão com sinal de aumento de casos de SRAG. As hospitalizações estão associadas principalmente à influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), segundo a análise.
Em Maceió, a situação também é de alerta, com tendência de crescimento. A capital alagoana é uma das quatro no país com nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, ao lado de Aracaju, Goiânia e Porto Velho, segundo o boletim.
Entre os jovens, adultos e idosos, os casos de SRAG por influenza A continuam aumentando em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima. Já em estados como São Paulo e Amazonas, há indícios de estabilização ou queda.
Nas crianças pequenas, a incidência de SRAG relacionada ao VSR se mantém elevada em várias regiões. Em Alagoas, há sinal de queda, mas os casos seguem altos. Pará, Rondônia, Mato Grosso e Paraná ainda apresentam crescimento nesta faixa etária.
Na última análise de quatro semanas, os vírus mais frequentes nos casos positivos foram: influenza A (33,4%), VSR (47,7%), rinovírus (20,6%), Sars-CoV-2 (1,8%) e influenza B (1,1%). Entre os óbitos, a influenza A esteve presente em 74,1% dos testes positivos.
A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, reforça a importância da vacinação contra a gripe. Ela destaca que a influenza A tem sido a principal causa de internações e mortes por SRAG entre idosos, e o VSR segue afetando majoritariamente crianças pequenas.
Em 2025, o país já notificou 119.212 casos de SRAG. Desse total, 52% tiveram confirmação laboratorial de vírus respiratórios. Os principais identificados foram o VSR, a influenza A e o rinovírus, segundo a análise nacional do InfoGripe.