O julgamento da advogada e ex-empresária do setor de turismo Janadaris Sfredo, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Marcos André de Deus Félix, acontece nesta quinta-feira, 14, a partir das 8h, no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Marcos André foi baleado em março de 2014, na Praia do Francês, onde morava. Socorrido com vida, não resistiu aos ferimentos. O Ministério Público de Alagoas aponta que Janadaris teria contratado três homens para executar o crime, oferecendo R$ 2 mil pelo assassinato. 

Dois dos executores já foram julgados e cumpriram parte da pena: Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva, condenados pelo Tribunal do Júri, já deixaram o presídio. Juarez Tenório da Silva Júnior, motorista do carro usado na fuga, também foi condenado e cumpriu regime semiaberto. Durante os julgamentos, os réus negaram ter sido contratados por Janadaris.

Segundo o MPAL, a motivação teria origem em uma antiga rivalidade entre Janadaris e Marcos André, iniciada em 2010, quando atuaram em lados opostos numa disputa judicial envolvendo a Pousada Lua Cheia, em Marechal Deodoro. Com o tempo, a tensão se intensificou, e em 14 de março de 2014, o advogado, então com 40 anos, foi baleado próximo à residência dos Sfredo.

O processo também foi marcado por episódios inusitados: em 2015, Janadaris denunciou um suposto conluio entre advogados e o juiz responsável pelo caso, Léo Dennisson, que teria recebido proposta de propina para favorecer seu marido, Sérgio Sfredo. 

Os advogados envolvidos foram presos em flagrante, e o magistrado se afastou do caso. Mais tarde, ele foi investigado pelo CNJ, afastado por seis anos e retomou as atividades em 2022 após arquivamento do processo por falta de provas.