CASO MARCOS ANDRÉ
Janadaris Sfredo nega crime e critica processo: “Julgada como forasteira”
MP aponta que crime teve origem em uma disputa judicial de 2010, envolvendo uma pousada em Marechal
Em entrevista exclusiva ao EXTRA, minutos antes do julgamento iniciar nesta quinta-feira, 14, Janadaris Sfredo, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Marcos André de Deus Félix, afirmou acreditar na isenção do conselho de sentença e disse esperar que o júri analise o caso “se colocando no meu lugar”.
“Eu espero que o conselho de sentença, eu tenho certeza que eles não vão estar contaminados e que eles vão poder analisar com uma ótica se colocando no meu lugar. Eu gostaria que ninguém, no estado de Alagoas, que ninguém passasse por um processo igual ao meu”, declarou. A acusada afirmou ainda que foi "julgada como uma forasteira e como criminosa".
O julgamento ocorre no Fórum do Barro Duro, em Maceió. O crime aconteceu em março de 2014, na Praia do Francês. Segundo o Ministério Público, Janadaris teria contratado três homens por R$ 2 mil para executar o crime. Ela nega envolvimento.
Dois acusados de participar do homicídio, Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva, já foram julgados e cumpriram parte da pena. O motorista do carro usado na fuga, Juarez Tenório da Silva Júnior, também foi condenado e cumpriu regime semiaberto.
O MP aponta que o crime teve origem em uma disputa judicial de 2010, envolvendo a Pousada Lua Cheia. Janadaris também criticou a condução do inquérito, afirmando ter sido “escorraçada” e “julgada como criminosa” apenas com base em palavras.
Irmã da vítima pede Justiça
O julgamento de Janadaris Sfredo, acusada de mandar matar o advogado Marcos André de Deus Félix, ocorre nesta quinta-feira, 14, no Fórum do Barro Duro, em Maceió. O crime ocorreu em março de 2014, na Praia do Francês, onde a vítima foi baleada e morreu após ser socorrida.
“Espero a justiça de Deus e a justiça dos homens”, disse Manuela Félix de Deus, irmã de Marcos André, ao EXTRA. Ela afirmou acreditar na responsabilidade da acusada e destacou que os executores se entregaram à polícia menos de um mês após o crime.
"Esperamos por justiça. Meu irmão nunca foi briga. Nunca teve problemas com ninguém. Quem conhecia Marcos sabia como ele é. Espero que ela saia presa. Destruiu minha família", continuou.