marechal deodoro

Laudo aponta lesões e morte por insuficiência respiratória de esteticista

Delegada afirma que resultado é compatível com relatos de violência em clínica
Por Redação 22/08/2025 - 19:40
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Reprodução/Instagram
Cláudia Pollyanne morreu em clínica de reabilitação em Marechal Deodoro
Cláudia Pollyanne morreu em clínica de reabilitação em Marechal Deodoro

O laudo cadavérico realizado no corpo da esteticista Cláudia Pollyanne Faria de Santa’Anna, de 41 anos, apontou como causa da morte uma insuficiência respiratória aguda. O documento divulgado nesta sexta-feira, 22, também registrou múltiplas lesões traumáticas no corpo da vítima, que morreu no dia 9 de agosto em uma clínica de reabilitação em Marechal Deodoro, região metropolitana de Maceió.

Segundo o laudo, as marcas no corpo eram compatíveis com traumas contusos em diferentes estágios evolutivos, além de sinais de traumatismo cranioencefálico. O documento ainda confirma que Cláudia sofreu uma parada cardiorrespiratória. 

O perito ressaltou, porém, que as lesões não foram suficientes, do ponto de vista médico-legal, para causar diretamente a morte. No relatório, há referência de que os achados “são consistentes com a prática de tortura”, embora não haja elementos técnicos suficientes para confirmar nem descartar essa hipótese.

A família de Cláudia registrou boletim de ocorrência após receber informações de que ela apresentava hematomas por todo o corpo e olho roxo. De acordo com o relato prestado à polícia, funcionários da clínica disseram que a paciente teria sofrido um surto de abstinência, mas, ao ser levada para a UPA de Marechal Deodoro, já foi constatado que ela estava morta havia pelo menos quatro horas.

A delegada Liana Franca, que conduz o inquérito, afirmou ao TNH1 que o resultado é compatível com os relatos já colhidos pelas testemunhas e de outras vítimas que denunciaram abusos físicos e sexuais na clínica. 

O dono da clínica foi preso pela Polícia Civil de Alagoas na tarde de sexta-feira, 22, enquanto se escondia em um motel em Jacarecica, no Litoral Norte de Maceió. A esposa dele, que também administrava o local, já havia sido presa no dia 15 de agosto após denúncias e o resgate de uma adolescente de 16 anos, paciente da unidade, que relatou abusos sexuais cometidos pelo proprietário.


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