A Prefeitura de Cajueiro anunciou, nesta sexta-feira, 19, o afastamento da médica plantonista que atendeu Everton da Silva Santos, de 5 anos, que morreu na terça-feira, 16, no Hospital Municipal Dr. Augusto Dias Cardoso. A família acusa a unidade de negligência, afirmando que não foram solicitados exames nem providenciada a transferência da criança para tratamento adequado.

Em nota, a gestão informou que instaurou um processo interno para apurar responsabilidades. Segundo a Prefeitura, o menino deu entrada no hospital em segunda-feira, 15, sendo atendido por médica, enfermeiros e técnicos. No dia seguinte, diante do agravamento do quadro, foram feitos intubação, administração de medicações, manobras de reanimação e acionamento da regulação para transferência a Maceió.

“Infelizmente, mesmo com todos os recursos disponíveis e a dedicação da equipe, não foi possível evitar o óbito”, informou o município.

De acordo com o laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), as causas da morte foram pneumonia, broncopneumonia, edema pulmonar, derrame pleural e insuficiência respiratória, descartando meningite.

A Polícia Civil abriu investigação sobre o caso. Em entrevista à TV Gazeta, a mãe relatou que Everton começou a passar mal no domingo, 14, com vômitos, febre e dor de cabeça. Segundo a família, o hospital aplicou apenas duas doses de medicamento oral e liberou a criança. Mesmo após a piora, que incluiu vômitos com sangue, exames complementares não foram solicitados e a transferência não foi feita.

A morte do menino gerou revolta entre familiares, que organizaram um protesto em frente ao hospital municipal.