"má influencer"

Ferreti e mais oito viram réus por organização criminosa e jogos de azar

MPAL aponta influenciador como líder de esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro
Por Redação 07/10/2025 - 06:34
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Redes Sociais/Reprodução
Igor Campioni e Kel Ferreti
Igor Campioni e Kel Ferreti

A 17ª Vara Criminal da Capital recebeu denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL) contra o influenciador digital e ex-policial militar Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, e outras oito pessoas. Todos são acusados de integrar uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e rifas ilegais.

De acordo com o MPAL, Ferreti seria o líder do grupo, responsável por controlar a estrutura financeira, os pagamentos e a divisão dos lucros. A denúncia inclui ainda os crimes de promoção de loteria ilegal, crimes contra a economia popular e lavagem de bens — este último, em nove episódios consumados e um tentado.

Entre os denunciados estão a ex-esposa de Ferreti, Myla Andrade Duarte Rocha, acusada de participar da organização e explorar jogos de azar; Igor Campioni de Meneses, o “Pai do Orgânico”, que teria atuado na gestão do site das rifas; Laís Cristina Oliveira Inácio, Eduardo Veloso da Silva Aguiar, Danielle Pinheiro Duarte, Selma Regina de Oliveira Sabino, Leandro Camilo e Mirele Caetano Moreira da Silva.

O grupo é acusado de promover rifas online sem autorização, utilizando empresas como KP Publicidade LTDA, Voluti e Moneta para movimentação de recursos de origem supostamente ilícita. Apenas a KP Publicidade, de Ferreti e Igor Campioni, transferiu R$ 499 mil em 15 dias, entre 1º e 15 de agosto de 2023, via PIX.

A ex-esposa de Ferreti, Myla Duarte, teria recebido R$ 307 mil em janeiro de 2024 apenas com a divulgação de casas de apostas, além de realizar saques em espécie de R$ 190 mil e R$ 366 mil, valores incompatíveis com sua renda declarada. E Laís Cristina teria movimentado R$ 931 mil entre janeiro e abril de 2024, e Eduardo Veloso, mais de R$ 459 mil, repassando maior parte a Laís.

As apurações apontam que a divisão dos lucros era: 50% para Laís Cristina, 20% para Kel Ferreti, 10% para Eduardo Veloso, 10% para Igor Campioni e o restante destinado à taxa do site. Igor Campioni firmou acordo de colaboração premiada, já homologado pela Justiça.

Os réus foram citados para apresentar resposta à acusação. Eles têm o prazo de 10 dias. 


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