Economia
Alagoas produz 4,4 mil toneladas de peixes cultivadas em águas da União
Estado promove avanço da aquicultura, levando Nordeste a alta de 24% com tilápia criadas em açudes
A produção de peixes e moluscos cultivados em águas da União na Região Nordeste alcançou 26,5 mil toneladas em 2024, volume 23,96% superior ao registrado em 2023, quando o total foi de 21,4 mil toneladas. Com esse desempenho, a participação nordestina subiu de 17,28% para 17,86% do total nacional, segundo dados do Boletim da Aquicultura em Águas da União – 2024, divulgado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. A informação é do site Movimento Econômico.
O avanço foi puxado principalmente pelos estados de Pernambuco (9.788,62 t), Piauí (5.199,30 t), Bahia (4.773,17 t) e Alagoas (4.456 toneladas), responsáveis por mais de 90% da produção nordestina. Em Alagoas, a produção registrada é de 3.902 toneladas e o principal reservatório é a Usina Hidrelétrica de Xingó, na divisa entre Alagoas e Sergipe.
O crescimento da região superou a média nacional, que foi de 20%, consolidando o Nordeste como o segundo maior polo aquícola do país em águas da União, atrás apenas do Sudeste.
A produção aquícola continental em todo o país, realizada em açudes, rios e reservatórios sob domínio da União, totalizou 138,5 mil toneladas em 2024, alta de 19,4% em relação ao ano anterior. Quando considerados também os cultivos marinhos, como moluscos e algas, o volume total produzido alcançou 148,5 mil toneladas, o que representa um crescimento de 20%.
O boletim aponta ainda que, pela primeira vez, foi possível rastrear a origem dos alevinos utilizados em tanques-rede e calcular o Valor Bruto da Produção (VBP) da aquicultura em águas da União, estimado em R$ 1,26 bilhão. A atividade gerou, no Brasil, 4.126 empregos diretos, número 23% superior ao de 2023.
No Nordeste, a tilápia é a principal espécie cultivada em tanques-rede nos grandes reservatórios federais. O uso de alevinos da própria região cresce, com destaque para Pernambuco, que aparece como o quarto maior fornecedor nacional de formas jovens, com 7,78% de participação.