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Gustavo Feijó assume papel central na preparação da seleção para a Copa

Dirigente alagoano atua como diretor de seleções na CBF sob gestão de Samir Xaud
Por Redação 18/10/2025 - 12:51
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Foto: Divulgação
Alagoano Gustavo Feijó assume papel central na CBF sob gestão de Samir Xaud, sem anúncio oficial
Alagoano Gustavo Feijó assume papel central na CBF sob gestão de Samir Xaud, sem anúncio oficial

O dirigente alagoano Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol, passou a exercer a função de diretor de seleções na entidade, cargo de destaque na estrutura que cuida da preparação da equipe nacional para a Copa do Mundo de 2026. A CBF, no entanto, não oficializou publicamente sua nomeação, alegando que a atual gestão não realiza cerimônias formais de posse.

“Eu não gosto de oba-oba. Não precisa de apresentação oficial”, afirmou Feijó, de 56 anos, ao Estadão. Ele se tornou homem de confiança do presidente Samir Xaud, de quem é próximo desde a eleição do roraimense, em maio deste ano. 

Segundo a CBF, a nomenclatura do cargo ocupado é “diretor de futebol masculino”, mas, na prática, Feijó atua como diretor de seleções, supervisionando as equipes principais e de base, além de servir como elo entre o presidente e o departamento técnico. O dirigente trabalha na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e tem presença constante em treinos, reuniões e convocações sob o comando do técnico Carlo Ancelotti.

Feijó retomou espaço na confederação após período de afastamento. Desde o retorno, acompanhou a seleção em todos os compromissos recentes — pelas Eliminatórias, contra Equador, Paraguai, Chile e Bolívia, e em amistosos na Ásia contra Coreia do Sul e Japão. O gaúcho Rodrigo Caetano, atual coordenador executivo geral de seleções masculinas, responde hierarquicamente a Feijó e permanece com contrato até o fim do próximo Mundial.

Com longa trajetória na política esportiva, Feijó já foi vice-presidente nas gestões de Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo, quando ganhou fama por atuar de forma discreta, mas crítica. Em 2021, chegou a questionar a atuação da comissão técnica de Tite. Em 2022, tentou disputar a presidência da CBF, mas sua chapa não foi registrada. Mais tarde, protagonizou ações judiciais que contribuíram para a crise que resultou na saída de Ednaldo Rodrigues da presidência, embora tenha assinado o acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que buscou encerrar o impasse.

O alagoano também já ocupou cargos simbólicos, como o de chefe de delegação da seleção durante a Copa das Confederações de 2013 e os Jogos Olímpicos de 2016. Na época, foi investigado por supostos desvios de recursos públicos quando era prefeito de Boca da Mata, processo posteriormente arquivado. Hoje, Feijó é visto como uma das figuras mais influentes na gestão de Xaud, a quem ajudou a eleger. Na ocasião, afirmou que o novo presidente transformaria a CBF em uma instituição “moderna, representativa e sintonizada com as verdadeiras necessidades do futebol nacional”, após o que chamou de “gestões conturbadas” anteriores.


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