PEDIDO DE DESCULPAS

Lula se retrata por declaração em que chamou traficantes de “vítimas”

residente afirmou que sua fala sobre o tema foi mal interpretada
Por Redação 24/10/2025 - 16:03
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Ricardo Stuckert / PR
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retratou nesta sexta-feira, 24, após afirmar que traficantes seriam “vítimas” de usuários de drogas. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia, e gerou repercussão negativa entre parlamentares da oposição.

Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país. Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado'', escreveu Lula no X, antigo twitter.

Durante o evento, Lula comentava políticas de enfrentamento às drogas e afirmou que seria “mais fácil”, para Brasil e Estados Unidos, “combater viciados”. Em seguida, disse: “Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”.

O comentário foi feito em resposta a uma pergunta sobre declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defendeu ações letais contra traficantes fora do território norte-americano.

Ao se justificar, Lula disse que o importante “são as ações” realizadas por seu governo. Sem citar Trump, ele criticou medidas de execução sumária e defendeu o respeito a princípios legais e de soberania.

“Você não está aí para matar as pessoas, você está para prender as pessoas. Antes de punir alguém, é preciso julgar, ter provas. Você não pode simplesmente dizer que vai invadir o território de outro país”, afirmou o presidente.

Lula acrescentou que o Brasil tem atuado no combate ao tráfico por meio de operações conjuntas com a Polícia Federal e parcerias internacionais. “Estamos trabalhando com outros países, com a Interpol e forças policiais para combater o narcotráfico, o tráfico de armas e o contrabando. É melhor trabalhar em parceria do que cada país decidir agir sozinho”, concluiu.


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