homenagem eterna

País comemora 133 anos de nascimento do escritor alagoano Graciliano Ramos

Alagoano deixou legado essencial para entender as particularidades do Brasil e do povo nordestino
Por Redação 27/10/2025 - 13:57
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Graciliano Ramos, 133 anos de seu nascimento nesta segunda-feira
Graciliano Ramos, 133 anos de seu nascimento nesta segunda-feira

Um dos mais significativos nomes da literatura brasileira completaria nesta segunda-feira, 27 de outubro, o aniversário de 133 anos de nascimento (1892–1953). Autor de obras fundamentais como Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do Cárcere, Graciliano Ramos de Oliveira, natural de Quebrangulo, retratou com profundidade e realismo a vida do povo nordestino, as injustiças sociais e os dilemas humanos em meio à seca e à desigualdade.

Conhecido por suas obras que retratam a vida no sertão nordestino, Graciliano se destacou pela profunda conexão com as questões sociais e culturais da região, enfrentando desde cedo as adversidades da pobreza e do clima.

Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, era o primogênito de quinze filhos de uma família de classe média do Sertão nordestino. Passou parte de sua infância na cidade de Buíque, em Pernambuco, e parte em Viçosa, Alagoas, onde estudou no internato da cidade.

Em 1904 publicou no jornal da escola seu primeiro conto O Pequeno Pedinte. Em 1905 mudou-se para Maceió, onde fez seus estudos secundários no Colégio Interno Quinze de Março, época em que desenvolveu maior interesse pela língua e pela literatura.

Em 1910 foi com a família morar em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, onde seu pai abriu uma loja de tecidos. Em 1914 foi para o Rio de Janeiro, quando trabalhou como revisor dos jornais: Correio da Manhã, A Tarde e O Século. Graciliano Voltou para a cidade de Palmeira dos Índios, quando duas irmãs haviam falecido de peste bubônica, em 1915. Trabalhou com o pai no comércio. No ano seguinte casou-se com Maria Augusta de Barros, com quem teve quatro filhos.

Nos últimos anos de sua vida, Graciliano Ramos lançou "Memórias do Cárcere", uma obra publicada em 1953, ano em que faleceu. O livro relata sobre suas experiências na prisão entre 1936 e 1937, durante o governo de Getúlio Vargas. Nele, o autor destaca as condições desumanas do cárcere e as injustiças enfrentadas pelos prisioneiros. A obra foi publicada sem seu último capítulo, já que Graciliano não conseguiu finalizá-la a tempo.

O legado de Graciliano Ramos vai muito além do seu tempo. Ao longo dos anos, se tornou um dos autores essenciais para entender as particularidades do Brasil, principalmente, do povo nordestino. Hoje, as obras escritas pelo Velho Graça são vistas como uma porta de entrada para debates sobre a condição social e humana.


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