meio ambiente

Estudante da Ufal representará Alagoas na COP30 em Belém

Flávio Henrique, do curso de Relações Públicas, integra delegação de jovens comunicadores
Por Assessoria 29/10/2025 - 06:47
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Estudante de Relações Públicas da Ufal Flávio Henrique representará Alagoas no evento
Estudante de Relações Públicas da Ufal Flávio Henrique representará Alagoas no evento

Entre os dias 10 e 21 de novembro, Belém do Pará vai sediar a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os participantes estará o estudante do 5º período de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Flávio Henrique, que representará tanto a instituição quanto o estado de Alagoas no evento.

Realizada anualmente, a COP30 vai reunir líderes mundiais, cientistas, empresários e representantes da sociedade civil em torno de um mesmo propósito: discutir e buscar soluções para os desafios da crise climática. O encontro abordará temas como o aquecimento global, o uso de energias renováveis e a preservação da biodiversidade.

Flávio foi selecionado para participar do evento com bolsa integral, por meio da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores (Enajoc), apoiada pela Viração, instituição social que atua com ações educomunicativas. Membro da associação desde o ano passado, o estudante integra um grupo de cinco jovens de diferentes estados brasileiros escolhidos para a ação.

Na ocasião, ele fará parte de uma delegação de jovens comunicadores de todas as regiões do Brasil e de outros países, que realizará uma cobertura educomunicativa da COP30 e da Cúpula dos Povos, um evento paralelo, auto-organizado por movimentos sociais, populares e organizações da sociedade civil.

Para o estudante, participar da ação representa uma responsabilidade ainda maior, já que ele enxerga Alagoas como um estado com demandas urgentes nas áreas de mudanças climáticas e justiça ambiental. “A COP30 é um evento de grande relevância, com decisões importantes para a agenda climática e ambiental. Representar o Estado significa ser um canal e porta-voz de diversas demandas, como o caso Braskem, os povos indígenas de Alagoas, os rios e o patrimônio natural. É muita responsabilidade, mas muito significativo”, comenta.

Destaque contínuo

Para além da cobertura, Flávio segue se destacando e participou de um percurso formativo: a Residência Educomunicativa Rumo à COP30. “A residência durou cerca de dois meses, organizada pela Viração em parceria com o Sesc São Paulo. O objetivo foi treinar nossas habilidades de comunicação, pois, além de participar, vamos produzir conteúdo sobre o evento”, explica.

A formação resultou na próxima edição da Revista Viração, que selecionou trabalhos de jornalismo, podcast, fotojornalismo e colagem para compor a publicação. Flávio foi escolhido com sua colagem intitulada Transeuntes, que aborda território e justiça climática, com diversas referências a Alagoas. A revista será lançada oficialmente durante o evento, em inglês e português, nas versões física e digital.

“Produzir a revista me trouxe habilidades de comunicação, inclusive na linguagem da colagem, que eu não tinha experiência; e, ainda que a revista chegue pronta para o evento, com os temas definidos, espero poder colocar em prática um olhar crítico, refletindo sobre os interesses da juventude e sobre a influência de empresas no evento, celebrando conquistas, mas apontando problemáticas”, reforça o estudante.

Reconhecimento Institucional

As expectativas de Flávio para o evento são as melhores. Ele destaca que os aprendizados conquistados até aqui têm sido fundamentais para sua trajetória profissional e ressalta que todo o processo foi resultado de uma troca constante.

Ele explica que a formação recebida na Ufal foi decisiva para que pudesse, além de aprender, compartilhar experiências. “Eu pude aplicar conhecimentos adquiridos na Ufal, principalmente no grupo de pesquisa ‘Baleia’ — Comunicação, Organizações e Narrativa do Capitalismo. Então foi uma via de mão dupla; aprendi muito e também pude aplicar o que já sabia, integrando pesquisa, extensão e prática comunicativa”, comemora.

Flávio aproveitou para deixar um recado para outros estudantes que, assim como ele, têm interesse em integrar os estudos sobre a luta ambiental ou ampliar as vivências acadêmicas. Ele afirma que o principal diferencial na carreira de qualquer estudante de comunicação é se perguntar: “a que fim a comunicação pode servir?”

“Entender primeiro que o que você estuda pode servir para diversos fins. Depois, se colocar para descobrir caminhos: explorar como a comunicação pode ser usada para mudanças climáticas, direitos LGBT ou outras causas. É sobre encontrar maneiras menos óbvias de aplicar o que aprendemos, descobrindo novas possibilidades e usos para a nossa formação”, conclui.


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