A Polícia Científica de Alagoas informa que o corpo encontrado em um canavial na região da Cachoeira do Meirim, em Maceió, inicialmente anunciado como sendo da jovem Crislayne Maria Gomes da Silva, residente em Rio Largo, não teve concluída a identificação científica.

Os exames de necropapiloscopia (impressões digitais) e odontolegal (arcada dentária) restaram inviáveis, em virtude do avançado estado de decomposição do corpo e da inexistência de registros odontológicos da jovem que permitissem a comparação necessária.

Portanto, apesar do reconhecimento por parte da família, não é prudente afirmar que Crislayne Maria está morta. A jovem desapareceu da casa da família, na Mata do Rolo, em Rio Largo (AL), no dia 12 de outubro. Junto com ela, que não levou nenhum pertence, estava nos braços a filha Celine Raíssa, de dois meses de vida.

Imagens de câmeras recuperadas pela polícia, mostraram a jovem de 19 anos seguindo um homem e entrando no veículo com ele. O suspeito foi identificado e preso. Ele confessou ter matado mãe e filha e apontou o local onde teria jogado as vítimas. No local, no entanto, os policiais encontraram apenas o corpo de uma mulher. Não havia sinais da criança, apesar de terem achado na mata e perto do corpo, uma tiara e uma meia de bebê.

A perícia diz que, diante da impossibilidade dos exames com a arcada dentária e digitais, foram coletadas amostras de material genético do corpo e de familiares de Crislayne Maria, e encaminhadas ao Laboratório de Genética Forense para a realização do exame de DNA. O resultado dessa análise deverá ser concluído no prazo estimado de até 20 dias.

"A Polícia Científica reitera o compromisso com a precisão técnica, a transparência e a responsabilidade na comunicação de informações de interesse público, ressaltando que quaisquer atualizações sobre o caso serão divulgadas exclusivamente por meio dos canais oficiais da instituição", disse em nota.

A polícia que investiga o desaparecimento de Crislayne e sua filha tem se referido ao corpo como sendo da jovem. No entanto, nas entrevistas, a polícia esclarece que o rosto da mulher encontrada morta na mata estava desfigurado, como se houvesse sido atacado por animais, o que dificultou o reconhecimento.

Sobe a bebê Celine Raíssa, há algumas hipóteses para o corpo não ter sido localizado, incluindo a ação de animais na mata.