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BNDES projeta investimento de R$ 2,1 bi em transporte público de Maceió

Estudo prevê corredores de ônibus e sistemas de VLT ou BRT na capital alagoana
Por Redação 30/10/2025 - 07:45
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Divulgação
VLT de Maceió
VLT de Maceió

O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Ministério das Cidades, definiu os projetos prioritários para ampliar as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) em Maceió.

Na região metropolitana da capital alagoana, o estudo prevê a implantação de dois corredores de ônibus, com cerca de 15 quilômetros, além de projetos de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com até 9 quilômetros, e de Bus Rapid Transit (BRT), com extensão estimada entre 18 e 27 quilômetros. A definição da tecnologia a ser adotada — VLT ou BRT — será feita após estudos detalhados de modelagem. O investimento total previsto para as obras é de até R$ 2,1 bilhões.

De acordo com o BNDES, os projetos devem gerar impactos como a redução de aproximadamente 60 mortes em acidentes de trânsito até 2054 e a diminuição de 19,3 mil toneladas de emissões de CO₂ por ano. Também está prevista uma redução de 11% no custo operacional por viagem, resultado da adoção de sistemas mais eficientes.

Em Maceió, entre as obras previstas estão os corredores de ônibus das avenidas Menino Marcelo e Josefa de Melo, além da implantação do BRT na Fernandes Lima, com extensão até o Aeroporto Zumbi dos Palmares. O estudo estima ainda redução no tempo médio de deslocamentos, com impacto econômico de cerca de R$ 264 milhões.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o estudo contribui para a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana de longo prazo, envolvendo diferentes esferas de governo. Já o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que os projetos refletem uma “ação integrada entre mobilidade, sustentabilidade e inclusão social”.

Contexto nacional

O ENMU definiu 187 projetos de transporte coletivo nas 21 maiores regiões metropolitanas do país, com investimentos estimados em R$ 430 bilhões. Os recursos previstos incluem R$ 230 bilhões para metrôs, R$ 31 bilhões para trens, até R$ 105 bilhões para VLTs, R$ 80 bilhões para BRTs e R$ 3,4 bilhões para corredores exclusivos de ônibus.

O estudo prevê que, no cenário nacional, a execução dos projetos pode resultar na redução de 8 mil mortes em acidentes de trânsito até 2054, além de evitar a emissão anual de 3,1 milhões de toneladas de CO₂. O impacto econômico estimado pela redução do tempo de deslocamento nas cidades ultrapassa R$ 200 bilhões.

Entre as regiões analisadas estão Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza, Salvador, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belém, Manaus e outras capitais.


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