BAIRROS AFUNDANDO

Flexais: vítimas da Braskem denunciam silêncio sobre relatório de risco

Estudo elaborado por institutos internacionais registra movimento acima de –10 mm/ano
Por Redação 01/11/2025 - 10:02
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Divulgação
Relatório sobre Flexais não tem retorno e vítimas da Braskem cobram posição
Relatório sobre Flexais não tem retorno e vítimas da Braskem cobram posição

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) emitiu uma nota neste sábado, 1, cobrnado respostas ao relatório internacional que aponta risco geológico nos Flexais de Cima e de Baixo, em Maceió. O documento foi encaminhado a mais de 30 órgãos públicos sem retorno.

Elaborado por instituições da Alemanha e do Brasil, o estudo associa os deslocamentos do solo à extração de sal-gema pela Braskem e registra movimento acima de –10 mm/ano, índice superior ao usado pela Defesa Civil do Município. Veja abaixo a relação de instituições que receberam o estudo:

  • 1. Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
  • 2. Ministro da AGU
  • 3. Agência Nacional de Mineração
  • 4. Ministério de Minas e Energia
  • 5. Defesa Civil Nacional
  • 6. Defesa Civil Municipal
  • 7. Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMARH
  • 8. UFAL
  • 9. IMA/AL
  • 10. Deputado – Alfredo Gaspar
  • 11. Deputado – Arthur Lira
  • 12. Deputado – Daniel Barbosa
  • 13. Deputado - Fábio Michey Costa
  • 14. Deputado – Isnaldo Bulhões
  • 15. Deputado - Luciano Amaral
  • 16. Deputado – Max Beltrão
  • 17. Deputado – Paulo Fernando dos Santos
  • 18. Deputado – Rafael Brito
  • 19. Senadora – Eudócia
  • 20. Senador – Fernando Farias
  • 21. Senador – Renan Calheiros
  • 22. IPLAN
  • 23. Governador Paulo Dantas
  • 24. Prefeito JHC
  • 25. Presidente da República
  • 26. TCU
  • 27. CGU
  • 28. DPU
  • 29. MPF/AL
  • 30. CNJ
  • 31. CNMP
  • 32. MPE/AL
  • 33. ⁠TCE
  • 34. ⁠Assembleia Legislativa
  • 35. ⁠Câmara de Vereadores
  • 36. ⁠Polícia Federal
  • 37. ⁠SGB

Segundo o movimento a falta de resposta ao alerta científico representa racismo ambiental e segue deixando moradores em área de instabilidade. A entidade afirma que a metodologia municipal excluiu indevidamente os Flexais do mapa de risco.

"Esse silêncio institucional diante de um alerta científico dessa magnitude representa mais um capítulo do descanso e da negligência que marcam a condução do maior crime socioambiental urbano do país. É também expressão de um Racismo Ambiental que historicamente marginaliza as populações pobres e periféricas, negando-lhes o direito à vida, à moradia, à reparação e à dignidade", diz trecho da nota.

Na sexta-feira, 24 de outubro, a Defensoria Pública e o MUVB acionaram a Justiça com pedido de medidas urgentes. Na liminar, a Defensoria e o MUVB pedem, entre outros pontos, que o Município de Maceió interdite a área e a reconheça como de risco máximo (00) e que, junto com a Braskem, realizem o cadastramento de todas as famílias e comerciantes dos Flexais, garantindo a realocação.


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