BAIRROS AFUNDANDO
Flexais: vítimas da Braskem denunciam silêncio sobre relatório de risco
Estudo elaborado por institutos internacionais registra movimento acima de –10 mm/ano
O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) emitiu uma nota neste sábado, 1, cobrnado respostas ao relatório internacional que aponta risco geológico nos Flexais de Cima e de Baixo, em Maceió. O documento foi encaminhado a mais de 30 órgãos públicos sem retorno.
Elaborado por instituições da Alemanha e do Brasil, o estudo associa os deslocamentos do solo à extração de sal-gema pela Braskem e registra movimento acima de –10 mm/ano, índice superior ao usado pela Defesa Civil do Município. Veja abaixo a relação de instituições que receberam o estudo:
- 1. Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania
- 2. Ministro da AGU
- 3. Agência Nacional de Mineração
- 4. Ministério de Minas e Energia
- 5. Defesa Civil Nacional
- 6. Defesa Civil Municipal
- 7. Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMARH
- 8. UFAL
- 9. IMA/AL
- 10. Deputado – Alfredo Gaspar
- 11. Deputado – Arthur Lira
- 12. Deputado – Daniel Barbosa
- 13. Deputado - Fábio Michey Costa
- 14. Deputado – Isnaldo Bulhões
- 15. Deputado - Luciano Amaral
- 16. Deputado – Max Beltrão
- 17. Deputado – Paulo Fernando dos Santos
- 18. Deputado – Rafael Brito
- 19. Senadora – Eudócia
- 20. Senador – Fernando Farias
- 21. Senador – Renan Calheiros
- 22. IPLAN
- 23. Governador Paulo Dantas
- 24. Prefeito JHC
- 25. Presidente da República
- 26. TCU
- 27. CGU
- 28. DPU
- 29. MPF/AL
- 30. CNJ
- 31. CNMP
- 32. MPE/AL
- 33. TCE
- 34. Assembleia Legislativa
- 35. Câmara de Vereadores
- 36. Polícia Federal
- 37. SGB
Segundo o movimento a falta de resposta ao alerta científico representa racismo ambiental e segue deixando moradores em área de instabilidade. A entidade afirma que a metodologia municipal excluiu indevidamente os Flexais do mapa de risco.
"Esse silêncio institucional diante de um alerta científico dessa magnitude representa mais um capítulo do descanso e da negligência que marcam a condução do maior crime socioambiental urbano do país. É também expressão de um Racismo Ambiental que historicamente marginaliza as populações pobres e periféricas, negando-lhes o direito à vida, à moradia, à reparação e à dignidade", diz trecho da nota.
Na sexta-feira, 24 de outubro, a Defensoria Pública e o MUVB acionaram a Justiça com pedido de medidas urgentes. Na liminar, a Defensoria e o MUVB pedem, entre outros pontos, que o Município de Maceió interdite a área e a reconheça como de risco máximo (00) e que, junto com a Braskem, realizem o cadastramento de todas as famílias e comerciantes dos Flexais, garantindo a realocação.



