bairros afundando

Braskem firma acordo de R$ 1,2 bi com o Estado de Alagoas

Companhia já pagou R$ 139 milhões e quitará o restante em dez parcelas anuais após 2030
Por Redação com Estadão 11/11/2025 - 07:00
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Afrânio Bastos
Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Braskem
Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Braskem

A Braskem anunciou nesta segunda-feira (10) a celebração de um acordo com o Estado de Alagoas no valor de R$ 1,2 bilhão, destinado à indenização e compensação pelos danos causados pelo afundamento do solo em bairros de Maceió, provocado pela extração de sal-gema realizada pela companhia.

Segundo comunicado ao mercado, R$ 139 milhões já foram pagos, e o saldo restante será quitado em dez parcelas anuais variáveis, principalmente após 2030, de acordo com a capacidade de pagamento da empresa.

O acordo — que ainda depende de homologação judicial — prevê a quitação integral de quaisquer danos decorrentes do evento geológico, incluindo a extinção da ação movida pelo Estado de Alagoas.

O episódio teve início em 2018, quando moradores começaram a perceber rachaduras em imóveis em diversos bairros da capital. Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a instabilidade do solo foi causada pela exploração de sal-gema pela Braskem. No mesmo ano, a empresa decidiu encerrar definitivamente a atividade de extração na região.

Em nota, a companhia afirmou que “a celebração do acordo representa um significativo avanço em relação aos impactos decorrentes do evento geológico em Alagoas” e assegurou que manterá o mercado informado sobre novos desdobramentos.

O caso é considerado um dos maiores desastres ambientais urbanos do país, com milhares de famílias desalojadas e cinco bairros de Maceió — Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e parte do Farol — atingidos pela instabilidade geológica.


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