O Sindicato dos Petroleiros de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL-SE) alerta para o início de um processo de demissões em massa na Braskem, na Unidade de Cloro/Soda (UCS-AL). Na próxima quinta-feira, 13, a partir das 8h30, em sua sede, o sindicato realizará mais oito homologações de trabalhadores e trabalhadoras desligados da empresa. Com essas, já são 17 demissões confirmadas, mas a previsão é de que centenas de desligamentos ocorram nas próximas semanas, configurando uma grave crise de emprego na indústria química alagoana. 

O sindicato entende que o quadro é consequência direta da mineração predatória de sal-gema, que causou o afundamento de cinco bairros na capital e, mais recentemente, a paralisação da unidade do Pontal, que impactou fortemente a operação da Braskem em Alagoas. Atualmente, a Braskem mantém cerca de 350 trabalhadores diretos na unidade. Segundo informações repassadas à categoria, a gerência havia prometido transferir 220 empregados para outras unidades da companhia, mas até o momento apenas 76 foram realocados. Essa diferença, alerta o Sindipetro, abre espaço para novas demissões e agrava a insegurança entre os trabalhadores.

“A Braskem deixou pelo caminho o maior desastre ambiental urbano do mundo, causado pela extração de sal-gema que provocou a subsidência do solo e o deslocamento forçado de mais de 60 mil pessoas. Agora, ela volta a gerar um novo drama social, com o desemprego se espalhando entre famílias que dedicaram décadas de trabalho à empresa”, lamenta a direção do Sindipetro AL-SE. 

O sindicato tem acompanhado e prestado assistência jurídica e sindical a todos os trabalhadores demitidos, além de cobrar da empresa transparência no processo e garantia de direitos. O Sindipetro também avalia ações coletivas e denúncias formais aos órgãos competentes diante do caráter coletivo dos desligamentos.