Feminicídio

Justiça condena réu que matou ex-companheira no Dia Internacional da Mulher

Crime aconteceu em 8 de março deste ano em Água Branca. Ele cumprirá 34 anos de reclusão
Por Redação com MPAL 12/11/2025 - 13:21
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Divulgação
Luiza foi morta pelo ex-companheiro em um bar em Água Branca
Luiza foi morta pelo ex-companheiro em um bar em Água Branca

A Justiça de Alagoas condenou o réu Jonas Gomes Feitosa à condenação de 34 anos, quatro meses e 23 dias de reclusão por crime de feminicídio qualificado. Ele matou a ex-companheira, Luiza dos Santos Andrade, de 30 anos, em 8 de março deste ano, Dia Internacional da Mulher, no Povoado Alto da Boa Vista, na zona rural do Município de Água Branca.

O assassinato foi praticado com grau de extrema frieza, em via pública, com o réu desferindo golpes de faca em Luiza Andrade na frente da filha do casal, de apenas sete anos, que, no momento, ainda tentou intervir para salvar a mãe chegando a ser ameaçada pelo pai. Os golpes atingiram Luíza no pescoço.

Após o cometimento do crime, o autor empreendeu fuga sendo localizado em operação conjunta da Polícia Civil de Alagoas com a de Minas Gerais e preso na cidade de Uberlândia (MG). Durante os debates, o Ministério Público comprovou a violência promovida pelo réu requerendo sua condenação pelo crime de feminicídio qualificado no contexto de violência doméstica e familiar, previsto no artigo 121-A, §2º, inciso III, do Código Penal.

O Conselho de Sentença acatou a tese da acusação e rejeitou a alegação defensiva de que o golpe teria sido acidental, tentando absolvição e desclassificação para lesão corporal seguida de morte, sob argumento de que o réu teria agido em autodefesa.

A sentença determina ainda a perda de eventual cargo ou função pública, bem como a incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela, conforme previsto no artigo 92, §2º, do Código Penal, em virtude da condenação por feminicídio.

Luiza deixou três filhos menores que estão sob os cuidados dos avós maternos, o que para o promotor de Justiça Frederico Monteiro gerou graves consequências sociais e familiares.


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