POLÍCIA FEDERAL

Empresário preso em Murici ganhou quase R$ 600 mil para reformar praça

AR Engenharia empresa possui dois contratos ativos com a Secretaria Municipal de Infraestrutura
Por Bruno Fernandes 13/11/2025 - 16:27
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Reprodução/Instagram
Diogo José Andrade Romão é engenheiro civil filiado ao PT
Diogo José Andrade Romão é engenheiro civil filiado ao PT

O empresário Diogo José Andrade Romão, preso pela Polícia Federal de Alagoas na quarta-feira, 12, dentro da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Murici, é sócio da AR Engenharia, empresa contratada pela prefeitura comandada por Remi Filho, para executar obras de revitalização de praças.

Dados do portal da transparência mostram que a empresa possui dois contratos ativos com a Secretaria Municipal de Infraestrutura. O primeiro de número 001100000002269 (clique aqui para acessar), firmado em 28 de março de 2025, prevê a revitalização da Praça Quadras Boy, no Conjunto Olavo Calheiros 1, com valor de R$ 243.625,86.

O segundo contrato de número 001100000002279 (clique aqui para acessar), datado de 28 de março de 2022, também tem como objeto a revitalização da mesma praça. O documento indica empenho de R$ 344.348,67 referente à quarta medição da obra, totalizando R$ 587.974,53 pagos à empresa desde o início dos serviços.

Natural de Maceió, Diogo José Andrade Romão é engenheiro civil e foi candidato a prefeito da cidade de Maraial, em Pernambuco, nas eleições de 2024, pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Empresa possui dois contratos ativos com a Secretaria Municipal de Infraestrutura

Segundo a Polícia Federal, Romão foi preso em flagrante portando R$ 270 mil em espécie e manuscritos que indicariam o pagamento de vantagens indevidas ligadas a contratos públicos. A prisão ocorreu no momento em que ele aguardava uma reunião com o secretário Ronaldo do Carmo, de Finanças.

Romão foi preso em flagrante portando R$ 270 mil em espécie - Polícia Federal

A PF informou que as investigações continuam para identificar a origem e o destino dos valores apreendidos. O empresário segue detido e deverá responder pelo crime de corrupção ativa, que consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a servidor público.

A Prefeitura de Murici foi procurada pelo EXTRA, mas não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento.


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