POLÍCIA
Operação em Alagoas prende quatro pessoas por homicídio, estupro e tortura
Um deles é condenado por abusar da enteada e outro caso envolve tortura de filhos
Uma operação policial deflagrada nesta quinta-feira, 11, em cidades de Alagoas resultou na prisão de quatro pessoas envolvidas em crimes graves, como homicídio, lesão corporal seguida de morte, estupro de vulnerável e tortura.
Entre os detidos está um homem de 50 anos, capturado no bairro do Bom Sossego, em Delmiro Gouveia, após trabalho de inteligência da polícia. Ele é investigado por estuprar a própria enteada e uma vizinha, respondendo a dois processos distintos. Em um dos casos, o suspeito já possui uma condenação de 11 anos e 8 meses de prisão.
Segundo a polícia, os abusos contra a enteada teriam iniciado quando a vítima tinha apenas cinco anos. O primeiro crime registrado ocorreu em 2017, quando a menina tinha entre 8 e 9 anos, e o acusado praticou atos libidinosos e manteve relações sexuais, aproveitando-se da ausência da mãe. Em 2020, quando a vítima tinha 13 anos, ele continuou os abusos, mostrando as partes íntimas, deitando-se sobre ela para fins libidinosos e a ameaçando com arma de fogo para que não revelasse o ocorrido.
Outro caso de tortura
A operação também prendeu uma mulher acusada de torturar os próprios filhos. O caso veio à tona em maio de 2019, após o avô paterno registrar a ocorrência na 1ª Delegacia Regional de Polícia (1ªDRP) de Delmiro Gouveia, denunciando maus-tratos cometidos pela genitora e seu padrasto.
Os adolescentes relataram que foram diversas vezes amarrados, com um cabo de vassoura preso atrás dos joelhos, e tinham as bocas tapadas com panos para que os vizinhos não ouvissem os gritos. As agressões incluíam o uso de fios, cabos de vassoura, correntes de bicicleta, e até afogamentos de suas cabeças na pia cheia de água, sendo espancados pela mãe e pelo padrasto.
Todos os quatro detidos foram encaminhados à delegacia para a realização dos procedimentos cabíveis e, posteriormente, ficaram à disposição da Justiça para audiência de custódia.
É uma vítima? Denuncie
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.



