Cleiton Júnior Bezerra da Silva, conhecido como “Juninho”, foi condenado a 29 anos, 3 meses e 10 dias de reclusão, nesta quarta-feira, 17, pelo Tribunal do Júri, em Maceió. Ele foi considerado culpado pelo assassinato de Mylca Simeia da Conceição, de 18 anos, crime ocorrido na madrugada de 29 de janeiro de 2019, no município de Rio Largo.

O julgamento aconteceu na capital alagoana após o desaforamento do processo e contou com a atuação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), representado pela promotora de Justiça Adilza Freitas. O Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime conexo de corrupção de menores, já que dois adolescentes participaram da ação.

Segundo os autos, Mylca foi capturada, arrastada pelos cabelos por cerca de 100 metros e levada até uma área de mata próxima ao Conjunto Demorisvaldo, conhecido como “Casas Novas”, em Rio Largo. Durante o trajeto, parte do cabelo e do couro cabeludo da jovem ficou espalhada pelo chão.

Ainda conforme o processo, Cleiton Júnior e outros denunciados, com o apoio dos adolescentes, desferiram golpes de faca e de facão contra a vítima, além de lançarem um paralelepípedo, prolongando o sofrimento até a morte.

Após o homicídio, a jovem foi decapitada, teve a caixa torácica aberta e o coração retirado. A cabeça foi deixada sobre uma estaca em um terreno no Conjunto Barnabé Oiticica, enquanto o corpo foi descartado em um barranco de difícil acesso.

As investigações apontaram que o crime teria sido motivado por desavenças internas envolvendo a facção criminosa da qual tanto os acusados quanto a vítima faziam parte.