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Alagoas registra quase 120 mil tentativas de fraude digital e de identidade
Casos envolvem uso indevido de dados pessoais, cadastros falsos e tentativas de golpes
Alagoas contabilizou 119.738 tentativas de fraude entre janeiro e setembro de 2025, segundo dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. O número reflete o impacto direto do avanço dos crimes digitais também no estado e acompanha a tendência nacional de crescimento acelerado desse tipo de ocorrência.
No mesmo período, o Brasil registrou 10.886.982 tentativas de fraude, alta de 28,6% em relação aos nove primeiros meses de 2024 — o equivalente a uma tentativa a cada 2,2 segundos. Mantido o ritmo atual, a projeção é que o país ultrapasse a marca de 14 milhões de ocorrências até o fim do ano.
De acordo com a Serasa Experian, o Nordeste concentrou cerca de 2,1 milhões de tentativas de fraude no acumulado do ano, ficando atrás apenas da região Sudeste. Dentro desse cenário regional, Alagoas integra o conjunto de estados mais afetados, refletindo a ampliação do uso de serviços digitais por consumidores e empresas.
“O avanço das tentativas de fraude acompanha diretamente o crescimento das transações digitais. À medida que a população intensifica o uso de canais online, os criminosos passam a explorar com mais rapidez as vulnerabilidades existentes”, afirma o diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Rodrigo Sanchez.
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No recorte setorial, bancos, emissores de cartões e instituições financeiras concentram 60% das tentativas de fraude identificadas no país, evidenciando que os golpistas priorizam ambientes onde a monetização é mais rápida. Serviços, telefonia e varejo também aparecem como alvos recorrentes, por funcionarem como portas de entrada para cadastros, assinaturas e transações digitais.
O levantamento mostra ainda que o foco dos criminosos recai principalmente sobre pessoas em idade economicamente ativa. Consumidores entre 26 e 50 anos concentram 58,9% das tentativas de fraude registradas no período, grupo que reúne maior acesso a crédito e maior volume de operações online.
Quanto aos mecanismos de identificação, as inconsistências cadastrais lideram como principal forma de detecção das fraudes, respondendo por 51,4% dos casos. Em seguida aparecem validações biométricas e de documentos (33%) e análises de comportamento em dispositivos (15,6%).
Para a Serasa Experian, o cenário exige que empresas e instituições financeiras em estados como Alagoas reforcem estratégias de prevenção. “A combinação de diferentes tecnologias de autenticação é essencial para identificar fraudes ainda na origem e reduzir prejuízos”, reforça Sanchez.



