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Saúde registra aumento de atendimentos por contato com morcegos em Alagoas

Saúde orienta profilaxia imediata após qualquer contato com os animais
Por Redação 24/12/2025 - 21:00
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Reprodução/ Internet
Morcegos podem apresentar o vírus da raiva
Morcegos podem apresentar o vírus da raiva

De janeiro a novembro deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) contabilizou 171 atendimentos relacionados a incidentes com morcegos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 126 casos. Os animais podem transmitir o vírus da raiva, que afeta o sistema nervoso.

Em entrevista à TV Pajuçara, nesta quarta-feira, 24, o infectologista Fernando Maia informou que qualquer contato com morcegos representa risco e que a profilaxia deve ser iniciada o quanto antes.

“Não vale subestimar. O morcego é o principal reservatório desse vírus na natureza. Qualquer contato, esbarrou no morcego, ou pior: foi mordido pelo morcego; ou estava dentro de uma casa que passou a noite e descobriu que tinha um morcego dentro de casa”, afirmou.

Segundo o médico, unidades como as UPAs do Tabuleiro do Martins e do Jacintinho estão entre os locais indicados para o primeiro atendimento. O esquema de vacinação contra a raiva é composto por quatro doses. O soro antirrábico é aplicado em dose única, junto com a primeira dose da vacina.

“Mesmo que você tenha ficado na dúvida, procura o serviço de saúde, explica sua situação, e aí você vai ser avaliado pelo médico, que vai ver a necessidade de fazer a profilaxia ou não. Em caso de morcego, geralmente a gente faz a profilaxia por causa desse risco aumentado”, disse.

Fernando Maia também orientou a população a observar alterações no comportamento dos morcegos, como a presença durante o dia ou dificuldade para voar.

“É um sinal de alerta porque o morcego é um animal noturno. Quando a gente vê morcego tentando voar durante o dia, pode significar que ele está com alguma alteração. Uma causa importante de alteração encefalite no morcego é exatamente a raiva. Aquele morcego que está tentando voar e não está conseguindo, que se debate e não consegue voar, não toque nele, porque ele pode estar com raiva”, alertou.

De acordo com o infectologista, a profilaxia tem eficácia quando iniciada até dez dias após o contato com o animal. Após esse período, o procedimento pode não surtir efeito.

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