CORTE EM XEQUE
Filho de Humberto Martins era chamado de 'Dudu' em e-mails da Fecomércio
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Acusado pela Lava Jato de receber mais de R$ 82 milhões da Fecomércio do Rio para influenciar em decisões do STJ, o advogado Eduardo Martins, filho do novo presidente da corte, Humberto Martins, era chamado na entidade de Dudu.
O apelido consta em e-mails divulgados pelo jornal O Globo que foram trocados por advogados que trabalhavam para a Fecomércio e conversavam sobre uma expectativa de vitória em um processo aos cuidados de Eduardo Martins.
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"Quero saber a esta (se está) todo mundo rezando por DUDU", escreveu o advogado Fernando Hargreaves a colegas em uma das mensagens, em 2014, quando Martins tinha 29 anos.
Segundo o MP fluminense, em 2014 Hargreaves solicitou a Orlando Diniz, então presidente da Fecomércio, que contratasse Eduardo Martins para um processo no STJ.
O esquema criminoso, segundo o órgão ministerial era liderado pelos advogados de Lula, Cristiano Zanin, Roberto
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Teixeira e o filho do atual presidente do STJ, Humberto Martins, Eduardo Martins.
Durante a operação, foram encontrados 800 mil reais: 100 mil em espécie e 700 mil num cheque na casa do
filho magistrado. A dinheirama estava guardada numa sacolinha de papel.
O dinheiro seria pago para Eduardo Martins interferir em decisões de ministros, fato que põe em xeque a postura daqueles que compõem a corte, incluindo o próprio pai do advogado.
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