ETF de Bitcoin: o que é? Como funciona?

O mercado de criptomoeda teve um crescimento significativo nos últimos anos, com isso surgiram opções para investir na criptomoeda pela Bolsa de Valores, como o ETF de Bitcoin, sendo um jeito mais acessível para alguns investidores.

Através do ETF os investidores podem investir em outro ativo administrado por uma gestora financeira. O Bitcoin recentemente obteve um ETF que atingiu cerca de US$1 bilhão de ativos sob gestão em apenas dois dias, popularizando ainda mais a moeda. Entenda mais o que é um ETF.

O que é ETF

Um ETF “Exchange Traded Fund” significa um fundo de investimento negociado em uma Bolsa de Valores tendo como referência um ativo, como Bitcoin ou outra criptomoeda. Normalmente, os ETFs são administrados por uma gestora especializada.

É uma maneira mais fácil que uma pessoa encontra de investir em outro ativo, sendo ouro ou até mesmo altcoins. É a alternativa do investidor se expor a ativos de risco de forma indireta.

Afinal, o Bitcoin passa por mais oscilação do que algumas ações do mercado financeiro tradicional. Além de ser muito procurado por investidores que querem diversificar a carteira com uma gestão passiva.

Mesmo que o ETF pareça uma opção segura de se investir, é importante tomar cuidado assim como qualquer outro ativo. Afinal, o investidor deve entender onde está aplicando o seu dinheiro.

ETF do Bitcoin

Recentemente, o mercado lançou o ETF ProShares Bitcoin Strategy (BITO), um fundo de investimento que representa o Bitcoin dos Estados Unidos, sendo possível ser negociado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

O ETF demorou 8 anos para ser lançado e após a estreia no mercado atingiu cerca de US$1 bilhão de ativos sob gestão, tendo alcançado o valor em apenas dois dias. Além disso, o ETF de Bitcoin permite que os investidores comprem o ativo, sem necessariamente ter que comprar Bitcoin em uma exchange de criptomoedas.

A chegada de um ETF de Bitcoin em uma bolsa de valores é extremamente positiva, pois é um caminho para que cada vez mais pessoas busquem o ativo, seja por uma exchange de criptomoeda ou pela bolsa de valores.

Contudo, o BITO já chegou impulsionando o mercado de criptomoeda, pois assim que foi lançado o preço do Bitcoin (BTC) disparou para US$66 mil. Porém, não só o ETF teve influência na alta das criptomoedas, mas pode ter auxiliado a conquistar a máxima histórica.

Ter um ETF do Bitcoin tem suas vantagens, como a facilidade na negociação e a taxa de administração que pode ser menor que os ETF dos fundos tradicionais.

ETF do Bitcoin disponível no Brasil

No Brasil existem ETF de Bitcoin que podem ser negociados na Bolsa de Valores (B3). Sendo uma alternativa de baixo custo para quem quer entender mais sobre as criptomoedas e começar a investir através da bolsa de valores.

O primeiro fundo de índice em criptomoeda da B3 foi lançado em abril de 2021, O HASH11 e teve uma alta de 12,26% logo nos primeiros dias de negociações. Desenvolvido pela gestora brasileira Hashdex em parceria com a Nasdaq.

Entretanto, o HASH11 é composto pelo BTC e outras criptomoedas, sendo elas: Bitcoin com 66,71%, Ethereum 29,64%, Litecoin 0,87%, Chainlink 0,69%, Uniswap 0,59%, Bitcoin Cash 0,57%, Filecoin 0,49% e Stellar 0,43%

Porém, como envolve mais criptomoedas o ETF HASH11 não representa apenas o valor do Bitcoin, mas como sua porcentagem é maior, o BTC tende a influenciar o preço dos outros ativos.

Outro ETF da Bolsa de Valores do Brasil é o QBTC11 desenvolvido pela QR Asset Manegement, o primeiro da América Latina a ter como índice apenas o Bitcoin. O investidor que optar por um fundo de índice pode ter fácil acesso pela B3.

Por isso, os fundos de investimentos são considerados mais acessíveis, os investidores conseguem acompanhar o desempenho do fundo e ter todas as vantagens que o Bitcoin proporciona.

Sendo assim, quanto maior for a valorização do Bitcoin, maior será também a rentabilidade dos fundos de investimentos baseados no valor da criptomoeda.

Entretanto, há também as desvantagens, onde o ETF tem o desconto do Imposto de Renda e o investidor não tem controle sob a carteira que gerencia a compra e venda do ativo.

Vale ressaltar que para aqueles que querem diversificar a carteira e investir na principal e primeira criptomoeda do mercado indiretamente, os ETFs são ótimas opções.