TENTATIVA DE HOMICÍDIO
Alexandre de Moraes converte prisão de Jefferson em preventiva
Ministro descreve o arsenal de armas e munições encontrados pela PF na casa do político
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) por tentativa de homicídio de policiais federais. A prisão preventiva não tem um prazo específico para expirar e a saída do ex-deputado depende de uma nova decisão judicial.
No decreto, o ministro descreve o arsenal de armas e munições encontrados pela PF na casa do político e afirmou que a detenção dele é necessária para a garantia da ordem pública.
“Conforme já destacado, o preso se utilizou de armamento de alto calibre (fuzil 556), para disparar uma rajada de mais de 50 (cinquenta) tiros, além de lançar 3 (três) granadas contra a equipe da Polícia Federal”, escreve Moraes.
“O cenário se revela ainda mais grave pois, conforme constou do auto de apreensão, foram apreendidos mais de 7 (sete) mil cartuchos de munição (compatíveis com fuzis e pistolas). Essa conduta, conforme ampla jurisprudência desta Suprema Corte, revela a necessidade da custódia preventiva para garantia da ordem pública”, conclui o ministro.
Roberto Jefferson foi alvo de prisão em flagrante e passou por audiência de custódia na segunda-feira (24). Na ocasião, ele voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele "não é competente", e a ministra Cármen Lúcia, comparando a magistrada com uma garota de programa.
De acordo com a decisão do ministro, Jefferson fica preso por tempo indeterminado. Ele já cumpria prisão domiciliar e agora terá de responder pelos demais crimes, podendo ser condenado novamente.