CRIME

Veja quem são os suspeitos de matar médicos a tiros no Rio de Janeiro

Corpos de dois suspeitos foram encontrados dentro de dois carros
Por Redação 06/10/2023 - 20:26
Atualização: 06/10/2023 - 20:31
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Reprodução
Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, encontrados mortos e suspeitos da execução de médicos
Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, encontrados mortos e suspeitos da execução de médicos

Quatro médicos ortopedistas foram vítimas de atentado a tiros em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira, 5. No mesmo dia, à noite, os corpos de dois suspeitos de foram encontrados dentro de dois carros.

Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, já vinham sendo monitorados pela força-tarefa Polícia Civil, que tentava localizar um Fiat Pulse branco que foi usado no ataque contra os médicos. Segundo a investigação, um modelo da mesma cor havia sido utilizado em outros assassinatos na região.relacionadas_esquerda

Lesk é líder de um grupo de milícia, chamado entre os criminosos da facção de Equipe Sombra, que atua na região da Cidade de Deus e Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio. Os milicianos hoje disputam território com traficantes. Em dezembro do ano passado, em uma aliança com traficantes do Complexo da Penha, na Zona Norte, eles deram um golpe e se aliaram ao Comando Vermelho na favela. Nesse período, houve uma série de assassinatos.

O grupo também era alvo de uma força-tarefa montada pela Polícia Civil que tinha como um dos alvos o braço direito de Lesk, conhecido como BMW, apelido de Juan Breno Malta Ramos Rodrigues. É ele que, numa interceptação telefônica feita pela Polícia Civil, comenta sobre a localização do suposto alvo que eles queriam executar, o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa. 

A encomenda seria uma retaliação a outro assassinato nessa guerra entre milicianos e traficantes. Aliado de Lesk, Luís Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, foi executado no último dia 16 de setembro, e Taillon era apontado como autor do homicídio. A linha da investigação da DH é a de que os bandidos receberam a informação errada de um olheiro que passou pelo quiosque. E, como um dos médicos era fisicamente parecido com o alvo do bando, todos foram mortos por engano.

A informação gerou mal-estar na cúpula do Comando Vermelho (CV). Com isso, quatro acusados e julgados em uma reunião de traficantes foram torturados e mortos a tiros. O crime teria ocorrido na região conhecida como Cabaret, no Complexo da Penha. Outros dois integrantes da "Equipe Sombra", Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, não estariam entre os mortos. Este último teria conseguido fugir da ordem de execução de traficantes.

Vítimas participavam de um congresso

As vítimas são de São Paulo e estavam no Rio de Janeiro, hospedados no Hotel Windsor, na Avenida Lúcio Costa, onde ocorre o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

Durante a noite, foram para um quiosque na praia. Às 0h59 desta quinta-feira, um carro branco parou em frente ao local e três homens vestidos de preto e armados com pistolas desceram do veículo e abriram fogo à queima-roupa.

Após mais de 20 disparos, um dos assassinos chegou a retornar para dar mais tiros em um dos médicos que tentava se refugiar atrás do quiosque. Agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) efetuaram buscas no local, mas ninguém foi preso até o momento.

A Polícia Civil acredita que o crime possa se tratar de uma execução, já que nada foi levado e os criminosos chegaram atirando.

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