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Solicitações de recuperação judicial caem 17,4% em maio, revela Serasa
Solicitações de falência registraram retração de 21,1% no períodoDe acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, em maio foram registrados 152 pedidos de recuperação judicial (RJs). Frente aos requerimentos registrados no mês anterior, esse movimento representa uma queda de 17,4%. Na comparação anual, houve um crescimento de 27,7% nas solicitações.
“O número de pedidos de recuperações judiciais reflete o ambiente de dificuldades financeiras enfrentado pelas empresas atualmente. Apesar da redução nas taxas de juros, elas ainda afetam os fluxos de caixa das empresas, que têm dificuldade em se reorganizar financeiramente. Outro ponto importante de considerar é o efeito dominó que a inadimplência causa, já que quando uma empresa não consegue pagar suas contas, impacta o desempenho dos fornecedores também. Enquanto a inadimplência não diminuir, exigindo negociações com credores e estratégias para aumentar a receita e honrar os pagamentos, o número de recuperações judiciais continuará alto”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
A análise também mostrou que as “Micro e Pequenas” empresas lideraram as requisições, com 104 requerimentos, em seguida estavam os “Médios” negócios (36) e os “Grandes” (12). Ainda segundo o levantamento, as companhias do setor de “Serviços” seguiram responsáveis pelo maior volume das requisições. “Comércio” ficou em segundo lugar e, em sequência, “Indústria” e o setor "Primário".
Em maio de 2024, o total foi de 71 pedidos de falências, uma queda de 21,1% na comparação mensal e de 41,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Também foram as “Micro e Pequenas” Empresas que ficaram com a maior parte dos requerimentos no período (48), seguido pelas “Grandes” (13) e “Médias” companhias (10). Em relação aos setores, o de “Serviços” foi o mais afetado (34). “Comércio” e “Indústria” registraram 18 solicitações cada um e “Primário” teve 1 pedido. “Essa redução evidencia que os procedimentos de recuperação judicial estão funcionando, possibilitando que os devedores renegociem suas dívidas com os credores e evitem a falência", analisa o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.