Golpe de Estado

Gonet decide apresentar denúncia contra Bolsonaro apenas em 2025

Procurador-geral avalia que análise detalhada do relatório da PF é imprescindível
Por Redação com agências 22/11/2024 - 08:04

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Agencia Brasil
Procurador-geral da República Paulo Gonet
Procurador-geral da República Paulo Gonet

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu que só apresentará a denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 indiciados por tentativa de golpe de Estado em 2025. A análise detalhada do extenso relatório da Polícia Federal, que conta com mais de 800 páginas, será fundamental para a construção de uma denúncia robusta, segundo aponta a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. 

A decisão busca garantir que o caso avance de forma sólida, evitando falhas processuais em um tema de grande repercussão nacional e internacional. Porém, a decisão dá fôlego à direita extremista para, inclusive, organizar atos contra a democracia e passar à população que a impunidade vai prevalecer.

O relatório da PF aponta que Bolsonaro e outros 36 investigados, entre eles 25 militares, estariam envolvidos em crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Entre os indiciados estão figuras de destaque do governo Bolsonaro, como o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Braga Netto, o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

As investigações detalharam que, entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, ocorreram ações para desestabilizar o processo democrático brasileiro. Esses eventos incluíram tentativas de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planos para atacar lideranças políticas e jurídicas, e a invasão das sedes dos Três Poderes por apoiadores de Bolsonaro em 8 de janeiro de 2023.

O relatório descreve uma organização estruturada em núcleos distintos, como o de desinformação, jurídico, operacional e de inteligência paralela. Essa estrutura teria sido mobilizada para minar a credibilidade do sistema eleitoral e sustentar um ambiente favorável à derrubada do governo Lula.

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