Frei Gilson nasceu em São Paulo e ingressou na vida religiosa aos 18 anos ao se tornar membro da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo. Ele lidera o grupo Som do Monte, que busca evangelizar por meio da música. Nas redes sociais, acumula mais de 7 milhões de seguidores.

Durante a pandemia, ele iniciou transmissões ao vivo na madrugada para oferecer apoio espiritual. A escolha do horário atípico veio de uma dificuldade pessoal em acordar cedo no convento. Suas lives reúnem milhares de espectadores e incluem orações e reflexões.

Brasil Paralelo e bolsonaristas

Na terça-feira, 5, Frei Gilson realizou uma live no YouTube que reuniu mais de 1 milhão de espectadores às 4h da manhã. Após a transmissão, o religioso foi alvo de críticas e foi associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à produtora Brasil Paralelo.

Perfis no X acusaram o frei de ter relações com o bolsonarismo e de receber apoio da produtora. Postagens mencionaram um padre investigado pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado, associando Frei Gilson a ele.

Em resposta, o frei recebeu apoio de figuras políticas. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que os ataques são uma reação à sua fé cristã. A deputada Chris Tonietto (PL-RJ) comentou que a oposição ao frei ocorre por conta do crescimento de um movimento de oração.

A vereadora Zoe Martínez (PL) criticou a esquerda, apontando suposta contradição na defesa da diversidade religiosa. Já Padre José Eduardo, da Diocese de Osasco (SP), afirmou que os ataques derivam da popularidade do frei e de sua capacidade de reunir fiéis.