SAÚDE
Vacina contra o câncer avança no Reino Unido e reacende debate no Brasil
Imunizante será oferecido gratuitamente e tem aplicação rápida
Um novo marco na luta contra o câncer foi anunciado nesta semana no Reino Unido: a aprovação e aplicação, pelo sistema público de saúde britânico (NHS), de uma vacina terapêutica inovadora para pacientes oncológicos.
A novidade repercutiu entre autoridades brasileiras, entre elas a senadora Eudócia Caldas, que celebrou a notícia e defendeu esforços para que o tratamento também esteja disponível no Brasil.
A vacina, que será oferecida gratuitamente no Reino Unido, é administrada por via subcutânea e tem aplicação rápida — em apenas cinco minutos — substituindo procedimentos que antes levavam cerca de uma hora. O tratamento poderá beneficiar pacientes com 15 tipos diferentes de câncer, incluindo os de pulmão, mama, rim, intestino, bexiga, esôfago, pele e tumores de cabeça e pescoço.
Para a senadora, trata-se de um exemplo do impacto positivo da ciência aliada à saúde pública. “Essa inovação mostra o poder da pesquisa quando colocada a serviço das pessoas. A vacina representa uma esperança real para quem enfrenta o câncer e reforça a importância de investimentos em tecnologia e acesso universal à saúde”, afirmou.
Caldas destacou ainda que pretende atuar no Congresso para que esse avanço também possa ser incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A revolução no tratamento do câncer já começou, e vamos lutar para que ela chegue a todos os brasileiros e brasileiras”, garantiu.
A vacina aprovada no Reino Unido faz parte de uma nova geração de terapias imunológicas, que estimulam o sistema imunológico do próprio paciente a reconhecer e combater células tumorais. A expectativa da comunidade científica internacional é de que, nos próximos anos, esse tipo de tratamento se torne cada vez mais acessível e eficaz.
No Brasil, o uso de vacinas terapêuticas contra o câncer ainda é limitado e está em fase de estudos em algumas instituições. A aprovação internacional do novo imunizante reacende o debate sobre a necessidade de investimentos em pesquisa, regulação ágil e fortalecimento do SUS para garantir o acesso a tecnologias de ponta no combate a doenças crônicas como o câncer.