Nesta terça-feira, 27, é comemorado o Dia da Mata Atlântica. O bioma, um dos mais ricos em biodiversidade do planeta, já ocupou mais de 1,3 milhão de km² no território brasileiro. Atualmente, restam menos de 12% de sua cobertura original, segundo especialistas. A redução está ligada principalmente ao desmatamento iniciado ainda no período colonial.

O engenheiro florestal Vinícius Oliveira, diretor da empresa Henvix Ambiental, destaca a importância da Mata Atlântica para o equilíbrio ambiental e para a vida humana. “Ela interfere no clima, nas nascentes e rios, fornece água potável para milhões de pessoas e é essencial para a agricultura diversificada”, afirma.

A Mata Atlântica abriga espécies como o mico-leão-dourado, a onça-pintada, a jaguatirica, o papagaio-de-peito-roxo e o tucano. Também é rica em árvores como o jequitibá-rosa, a peroba e o pau-brasil. “Essa biodiversidade está permanentemente ameaçada pela expansão urbana, agrícola e industrial. Mas já há empresas que atuam sem degradar o meio ambiente. Isso é possível e viável economicamente”, diz o engenheiro.

Na ficção, o tema também aparece. Esta semana, a novela Vale Tudo mostrou um conflito entre personagens sobre preservação ambiental. Para Vinícius, isso indica que a discussão sobre o meio ambiente está ganhando espaço também na cultura popular.

Setor ambiental tem mercado em expansão

Profissionais da área ambiental, como engenheiros florestais, são cada vez mais demandados. “Hoje o número de profissionais formados ainda é insuficiente diante da urgência dos problemas ambientais”, afirma Vinícius Oliveira. Ele aponta que empresas estão criando departamentos voltados à sustentabilidade e que a formação técnica e especializada é essencial.

Além da engenharia florestal, outras áreas com perspectiva de crescimento incluem engenharia ambiental, agronomia, gestão ambiental, direito ambiental, ecologia e tecnologia com foco em sustentabilidade.