O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “inaceitável” a interferência do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Justiça brasileira. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 30, em nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, após a imposição de sanções americanas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

As sanções foram aplicadas com base na chamada Lei Magnitsky, usada por Washington para punir violações de direitos humanos. Moraes foi acusado de perseguir cidadãos americanos e violar princípios democráticos, em especial no julgamento de casos ligados à tentativa de golpe de Estado em 2023. Ele é relator desses processos no STF.

Segundo Lula, a ação dos EUA foi motivada por pressões de políticos brasileiros “que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses”. O presidente também expressou solidariedade a Moraes. “A interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira é inaceitável”, afirmou.

Além das sanções, Trump anunciou sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. A justificativa da Casa Branca incluiu críticas ao enquadramento das big techs pela Justiça brasileira, classificado como ameaça à segurança nacional norte-americana.