Crime organizado

PCC tem grupo de elite treinado para atacar autoridades em SP

Chamada “restrita tática” estaria ligada ao assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes
Por Larissa Cristovão - Estagiaria sob supervisão 26/09/2025 - 20:15
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Reprodução
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL)
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL)

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), afirmou nesta sexta-feira (26) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) mantém uma divisão de elite, chamada “restrita tática”, especializada em ataques contra autoridades, além de roubos e assassinatos.

Segundo Derrite, esse núcleo estaria diretamente ligado ao assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado no dia 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral paulista. “Eles passam por treinamentos com diversos armamentos de grosso calibre para realizar atentados contra autoridades”, disse o secretário durante evento na Associação Comercial de São Paulo.

A polícia aponta Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, como um dos atiradores responsáveis pelo crime. Preso em São Vicente no dia 20, ele teria sido identificado por meio de depoimentos e dados extraídos de celulares de outros suspeitos. “Podemos cravar que o Jaguar é um dos atiradores. Há depoimentos e dados que confirmam isso”, declarou Derrite.

Defesa nega participação

A defesa de Rafael contesta a acusação e afirma que ele estava trabalhando e buscando a filha na escola no momento do assassinato. “Ele tem como comprovar que não tem ligação alguma. Há ponto de trabalho e testemunhas”, disse o advogado Adonirã Correia, em entrevista à TV Tribuna.

Outro advogado de Simões, Abraão Martins, afirmou que o cliente se entregou voluntariamente para preservar a própria vida após tomar conhecimento do mandado de prisão temporária. “Entendemos que a melhor alternativa era apresentá-lo para esclarecer os fatos e buscar sua liberdade”, afirmou.

A SSP informou que oito pessoas já foram identificadas por envolvimento no crime, seis delas presas até o momento. Exames de balística ainda serão realizados nos projéteis encontrados na cena do crime.


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