bebidas adulteradas
Metanol usado para higienizar garrafas é principal linha da investigação
Mais de mil recipientes foram apreendidos em São Paulo; dois testaram positivo
A Polícia Civil de São Paulo investiga se intoxicações recentes estão ligadas a garrafas de bebidas adulteradas higienizadas com metanol. Esta é a principal linha de apuração, a TV Globo.
Na quinta-feira, 2, mais de mil garrafas foram recolhidas em operações com a Vigilância Sanitária. Do total, cerca de 250 chegaram ao Instituto de Criminalística (IC), que confirmou nesta sexta-feira, 3, a presença de metanol em duas das dez amostras já analisadas.
As autoridades suspeitam que fábricas clandestinas utilizem metanol para limpar recipientes reaproveitados e falsificados antes do envasamento. Parte das embalagens originais seria obtida por descarte irregular feito por bares e consumidores.
O IC informou que os laudos são enviados à Polícia Civil, que segue com as investigações. "Os laudos são remetidos para a Polícia Civil, que segue com apurações minuciosas para esclarecer os casos de falsificação de bebidas", afirmou a Secretaria da Segurança Pública em nota.
O metanol é um álcool usado em solventes e produtos industriais. Diferente do etanol, não é seguro para consumo humano e pode causar cegueira, falência de órgãos e morte.
Na última semana, estados diferentes registraram casos suspeitos de intoxicação. O Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação nacional para coordenar ações de fiscalização e atendimento.