O Halloween, celebrado no dia 31 de outubro, é uma das festas mais populares do mundo e tem origens que remontam a mais de dois mil anos. O nome vem da expressão "All Hallows' Eve", que significa “véspera do Dia de Todos os Santos”, mas suas raízes estão muito antes do cristianismo, em uma antiga celebração celta chamada Samhain.

Os celtas, que viviam onde hoje é o Reino Unido e parte da França, acreditavam que, nessa época do ano, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais tênue, permitindo que espíritos retornassem à Terra. Para afastar as almas e garantir proteção, eram realizadas fogueiras, rituais e o uso de máscaras, costumes que, com o tempo, influenciaram diretamente as tradições modernas do Halloween.

Com a expansão do cristianismo, a Igreja Católica incorporou a data ao seu calendário, transformando o Samhain em uma celebração ligada ao Dia de Todos os Santos, no início de novembro. Já o formato mais conhecido atualmente, com fantasias, decoração temática e a famosa tradição do “doces ou travessuras”, nasceu nos Estados Unidos, após séculos de transformações culturais e a chegada de imigrantes europeus.

Como o Halloween chegou ao Brasil

No Brasil, o Halloween começou a ganhar destaque a partir dos anos 1990, impulsionado por filmes, séries e, principalmente, pelas escolas de inglês, que viam na data uma oportunidade de trabalhar aspectos culturais da língua inglesa. Aos poucos, a festa se popularizou, especialmente entre crianças e jovens, que passaram a adotar fantasias e decorações inspiradas no estilo norte-americano.

Apesar de algumas críticas por ser uma celebração estrangeira, o Halloween conquistou espaço no calendário brasileiro. Hoje, é comum encontrar festas temáticas em escolas, shoppings e eventos culturais, muitas vezes adaptadas com toques locais, misturando referências do folclore nacional, como o Saci e a Cuca, ao imaginário das bruxas e monstros.

Mais do que uma data importada, o Halloween tornou-se uma ocasião de criatividade, diversão e convivência, mostrando como tradições podem se reinventar e atravessar fronteiras culturais.