Economia
Bolsa Família: 2 milhões de famílias saíram após aumento de renda em 2025
Beneficiários chegaram a 18,9 milhões, o menor número desde o início do terceiro mandato de Lula
Entre janeiro e outubro deste ano, 2 milhões de famílias deixaram de receber o Bolsa Família em razão da melhora nas condições de renda, segundo dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Segundo o levantamento, 2.069.776 famílias saíram do programa no período. A maioria, 1.318.214, deixou de se enquadrar no perfil de renda exigido pelo governo federal. Outras 24.763 famílias solicitaram o desligamento voluntário, enquanto 726.799 concluíram o período da chamada Regra de Proteção, que permite a permanência no programa por até 12 meses recebendo metade do benefício, mesmo após ultrapassar o limite de renda.
Com a redução, o Bolsa Família passou a atender 18,9 milhões de famílias em outubro de 2025, o menor número desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Quem entra no Bolsa Família só sai para cima”
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o resultado reflete o objetivo do programa de promover autonomia financeira.
“Quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja porque conquistou uma renda maior com o trabalho, seja porque abriu o próprio negócio. E, caso perca essa renda, retorna automaticamente ao programa”, disse.
Segundo o MDS, a melhora no mercado de trabalho e o crescimento do empreendedorismo contribuíram para o aumento da renda das famílias e, consequentemente, para a diminuição do número de beneficiários.
A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, destacou que o programa tem papel estratégico na integração de políticas públicas.
“Queremos que o Bolsa Família funcione como porta de entrada para outras políticas que aumentem a escolaridade, a qualificação profissional e a empregabilidade, fortalecendo a proteção social das famílias”, afirmou.
Atualmente, o governo busca ampliar o acesso dos beneficiários a programas de educação, qualificação e geração de renda, visando reduzir gradualmente a dependência de transferências diretas.



